A presidência brasileira do Brics em 2025 quer mostrar que a inteligência artificial pode ser uma aliada poderosa para transformar a vida das pessoas, especialmente nos países em desenvolvimento. O grupo, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, está apostando na cooperação entre os países para usar a tecnologia como uma ferramenta de inclusão social, crescimento sustentável e combate às desigualdades.
Mais de 77% das empresas do mundo já usam algum tipo de inteligência artificial, segundo dados do relatório Stanford AI Index 2024. Isso mostra que a tecnologia já está presente em vários setores do nosso dia a dia, desde os assistentes virtuais nos celulares até diagnósticos médicos feitos com ajuda de algoritmos e máquinas inteligentes que auxiliam na produção agrícola.
A ideia da presidência brasileira é que essa revolução digital não fique apenas nas mãos de poucos. O objetivo é democratizar o acesso à IA, permitindo que mais pessoas se beneficiem da tecnologia, especialmente nas áreas da saúde, educação, trabalho, agricultura e meio ambiente. Para isso, os países do Brics estão investindo em pesquisa, trocando experiências e criando políticas públicas que garantam o uso ético e responsável da tecnologia.
Tecnologia que salva vidas e leva médico onde não tem
Na área da saúde, os avanços com IA são impressionantes. A China, por exemplo, tem um programa chamado Healthy China 2030, com uma plataforma digital capaz de analisar exames e detectar doenças como câncer e problemas de visão. Na Índia, a Ayushman Bharat Digital Mission usa IA para conectar pacientes a médicos em regiões afastadas, por meio de plataformas como a Practo. Já na Rússia, o sistema Third Opinion ajuda os médicos a identificar doenças com mais rapidez, melhorando o atendimento e diminuindo as filas nos hospitais.
Educação com tecnologia para todo mundo aprender
Na educação, a IA está sendo usada para personalizar o ensino e ajudar os alunos a aprenderem no seu ritmo. A África do Sul criou o FutureProofSA, um programa que adapta o conteúdo de acordo com as necessidades de cada estudante. Na Índia, o portal Diksha oferece conteúdos em várias línguas e é usado com apoio dos professores para recomendar os melhores materiais. A China tem investido na formação de jovens para o mercado digital com o programa AI Vocational Training, enquanto a Índia criou o Responsible AI for Youth, que ensina os jovens a usarem a tecnologia de forma ética.
IA traz novas profissões, mas também desafia o mundo do trabalho
Com tantas mudanças, o mundo do trabalho também precisa se adaptar. A digitalização e o uso de plataformas para serviços têm crescido rapidamente, o que exige novas regras e direitos para os trabalhadores. O tema será pauta da Conferência Internacional da OIT, marcada para junho de 2025, e promete movimentar governos, empregadores e trabalhadores na busca por soluções que protejam quem vive do trabalho.
Comida na mesa e campo inteligente com ajuda da IA
Outra área promissora para o uso da inteligência artificial é a segurança alimentar. Com ferramentas digitais, é possível aumentar a produção de alimentos, evitar desperdícios e garantir que tudo chegue com qualidade ao consumidor. A Rússia criou o programa Digital Agriculture, e a China usa a plataforma Pinduoduo para ligar os pequenos agricultores ao mercado. A Índia também investiu no chatbot Kisan e-Mitra, que fornece dicas e previsões do tempo para os agricultores.
IA também pode ajudar o meio ambiente e criar cidades mais inteligentes
Além disso, os países do Brics estão usando IA para proteger o meio ambiente e combater as mudanças climáticas. No Brasil, o sistema de previsão de energia eólica e solar ajuda a produzir energia limpa, e o MapBiomas monitora o desmatamento com redes neurais. A China tem um programa de controle de emissões de carbono, e a Rússia criou sistemas inteligentes para o trânsito em Moscou, melhorando a mobilidade urbana. O Rio de Janeiro, que vai sediar a cúpula do Brics em julho de 2025, é exemplo de cidade inteligente com uso de IA no Centro de Operações.
União de forças para uma IA ética e para todos
A ideia dos países do Brics é trabalhar juntos para garantir que a IA seja usada de forma ética, respeitando os direitos humanos e protegendo os dados das pessoas. Está sendo discutida a criação de um observatório para acompanhar o uso da IA no bloco e incentivar boas práticas. O uso de códigos abertos e a troca de políticas públicas entre os países também fazem parte dessa estratégia.
A IA agêntica, aquela que funciona com mais autonomia, está chegando e promete revolucionar ainda mais a saúde, o trabalho, a educação e até o comércio. Mas tudo isso exige cuidado, responsabilidade e regras bem definidas para que ninguém fique para trás.
Com cooperação e investimentos certos, os países do Brics querem provar que é possível equilibrar inovação com justiça social, construindo um futuro mais digital, sustentável e com oportunidades para todos.
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