A manhã da segunda-feira começou como qualquer outra no bairro Universitário, em Campo Grande. Mas bastou uma denúncia anônima para que a tranquilidade do local fosse quebrada por uma cena chocante: o corpo de um homem com vísceras expostas, coberto com terra e enrolado em um colchão, jogado às margens do Córrego Bálsamo, no meio do mato fechado, entre a Avenida Santo Eugênio e a Rua Abib Possik.
A vítima, Carlos Eduardo Severo da Costa, de 36 anos, foi assassinada de forma brutal por Yuri Nunes Avalo, de 48 anos. Os dois se conheciam e, segundo a Polícia Civil, o crime foi resultado direto de uma briga entre os dois que começou ainda no domingo, um dia antes do homicídio.
De acordo com o boletim de ocorrência, Carlos e Yuri se encontraram em um barraco improvisado na região da mata, conhecido por ser ponto de usuários de drogas. Ali, os dois teriam usado entorpecentes e, em meio à confusão, acabaram discutindo feio. Carlos chegou a ameaçar Yuri com uma faca, mas não houve agressão naquele momento.
O que ninguém esperava é que, no dia seguinte, a tensão voltaria com força. Ainda pela manhã, por volta das 7h, Yuri voltou ao mesmo lugar onde tinha discutido com Carlos, só que dessa vez foi preparado. Levava com ele uma foice que, segundo a polícia, teria sido levada de uma horta onde ele trabalhava.
Sem chance de defesa, Carlos foi atacado com vários golpes da foice. Foi uma cena violenta. Testemunhas disseram à polícia que, logo depois de cometer o crime, Yuri ameaçou todo mundo que estava por perto, dizendo que mataria qualquer um que não ajudasse a esconder o corpo.
Com medo, algumas pessoas ajudaram Yuri a enrolar o corpo da vítima em um colchão velho, cobrir com terra e levar até o córrego, onde foi desovado.
A Polícia Militar chegou até o local no fim da tarde após uma denúncia anônima e encontrou o corpo em uma área de mata fechada, de difícil acesso. O Corpo de Bombeiros foi acionado para fazer a retirada. Já a Polícia Civil, com apoio do GOI (Grupo de Operações e Investigações), deu início à busca pelo assassino.
Yuri foi encontrado poucas horas depois na Rua Abib Possik. Estava com marcas de sangue na roupa e não tentou fugir. Levado para a delegacia, ele acabou confessando o crime. A foice usada no assassinato, que havia sumido da horta onde Yuri trabalhava, também foi localizada e confirmada como a arma do crime.
O caso foi registrado na Depac Cepol como homicídio qualificado por emboscada, com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver e fraude processual. Yuri vai passar por audiência de custódia e deve responder por todos os crimes cometidos.
O assassinato de Carlos Eduardo chocou a vizinhança e expôs, mais uma vez, a dura realidade das áreas tomadas pelo uso de drogas e pela violência entre moradores de rua e dependentes químicos. A Polícia segue investigando a possibilidade de envolvimento de outras pessoas na tentativa de ocultar o crime.
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