Mato Grosso do Sul, 17 de março de 2025
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Caçada e Prisão: o assassinato da empresária que chocou Água Clara

Três dias de fuga e um desfecho inevitável: Fausto Júnior Aparecido de Oliveira é capturado em fazenda isolada
Jovem morreu neste sábado (Foto: Reprodução Facebook)
Jovem morreu neste sábado (Foto: Reprodução Facebook)

O fim da linha chegou para Fausto Júnior Aparecido de Oliveira, de 31 anos. Três dias após assassinar a tiros sua ex-mulher, a empresária Mirieli Santos, de 26 anos, ele foi capturado pela polícia na manhã desta terça-feira (25), escondido em uma fazenda a cerca de 35 quilômetros de Água Clara, município onde o crime chocou a população.

A prisão aconteceu após um intenso trabalho de inteligência das forças de segurança. Policiais civis e militares atuaram em conjunto, seguindo rastros e denúncias que levaram até o esconderijo do criminoso. Durante a operação, outro homem também foi detido, suspeito de ajudar Fausto a se manter foragido. A identidade desse comparsa não foi revelada, mas o que causou revolta foi a informação de que ele chegou a comparecer ao velório de Mirieli, fingindo solidariedade aos familiares da vítima.

O Crime e a Fuga Desesperada

Na madrugada do sábado (22), Mirieli foi morta dentro da casa de Fausto após uma discussão. Segundo relatos de testemunhas, a jovem chegou ao local acompanhada do irmão e de amigos. O clima já estava tenso, e logo ela e o ex-companheiro entraram na residência. Minutos depois, tiros ecoaram pelo imóvel. O irmão da vítima, ao correr para dentro da casa, encontrou a empresária ferida no chão.

Mesmo baleada, Mirieli foi levada às pressas para o hospital no carro do próprio atirador. Mas, ao chegar na unidade de saúde, Fausto fugiu sem olhar para trás, abandonando sua caminhonete e iniciando uma fuga desesperada pelo interior do estado.

Os investigadores montaram uma força-tarefa para rastrear o suspeito, enquanto a família da vítima vivia dias de angústia. “Foram três dias de tortura. Não conseguíamos dormir pensando que ele ainda estava solto, podendo fazer mais vítimas”, disse uma prima de Mirieli, que pediu para não ser identificada por medo de represálias.

Provas Gravadas: A Noite do Crime

A relação conturbada entre Mirieli e Fausto já era motivo de preocupação entre amigos e familiares. Vídeos registrados na noite do assassinato mostram a jovem sendo seguida por seus parentes em um carro enquanto pilotava sua motocicleta em direção à casa do ex-companheiro. No áudio, uma prima dela desabafa sobre a insistência de Fausto em persegui-la. “Ele está possuído. Ele estava festando, por que não deixa a guria em paz?”, questiona a mulher na gravação.

Outra imagem impactante mostra o assassino dirigindo sua caminhonete de maneira agressiva, quase atropelando Mirieli no momento em que ela tentava fazer uma conversão. A mulher que filma o episódio narra a situação em tempo real: “Meu Deus do céu, não posso parar de gravar”. O vídeo encerra com Fausto parando o veículo de maneira brusca, como se estivesse à espera da jovem.

Justiça e Revolta

A prisão de Fausto traz um certo alívio para a família da vítima, mas não apaga a dor de uma perda brutal. “Ele destruiu nossa família. Nossa única esperança agora é que ele pague pelo que fez e que a justiça seja feita”, desabafou um dos tios de Mirieli.

O caso reacende o debate sobre feminicídio e violência doméstica no Brasil, reforçando a necessidade de mais medidas protetivas e punições rigorosas para agressores. Mirieli agora se torna mais uma estatística de um crime que precisa ser combatido com urgência. Enquanto isso, Fausto segue preso, aguardando julgamento por um crime que abalou não apenas uma família, mas toda uma cidade.

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