Mato Grosso do Sul, 28 de abril de 2025
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Câmara discute decreto de emergência para Campo Grande após estragos causados pelas chuvas

Vereadores se mobilizam junto com a Prefeitura para acelerar acesso a recursos federais e recuperar infraestrutura afetada
Imagem - Eliza Mustafa
Imagem - Eliza Mustafa

As fortes chuvas que castigaram Campo Grande nos últimos dias deixaram a cidade em estado de alerta e jogaram luz sobre a fragilidade da infraestrutura urbana. Com ruas alagadas, crateras abertas e bairros inteiros isolados, a situação fez a Câmara Municipal se mover. O presidente da Casa, vereador Epaminondas Neto, o Papy, junto com o vereador Landmark Rios, decidiu acompanhar de perto os danos ao lado do secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli.

Durante a vistoria em regiões como Chácara Cachoeira e Noroeste, ficou evidente que o estrago foi grande e que as promessas de obras anteriores não deram conta de evitar o colapso. O vereador Papy afirmou que a Câmara deve iniciar urgentemente o debate para a votação de um decreto de estado de emergência, medida necessária para destravar recursos federais e tentar reparar o que as chuvas devastaram.

“A Câmara está presente para se solidarizar com os moradores e apoiar a Prefeitura. Estamos prontos para votar em regime de urgência. Campo Grande vive uma calamidade financeira e estrutural. O decreto é fundamental para socorrer a cidade”, declarou o presidente Papy durante a inspeção.

Enquanto os parlamentares falavam em solidariedade, moradores dos bairros visitados enfrentavam dificuldades para sair de casa, com ruas cortadas por erosões e lixo espalhado pelas enxurradas. No Chácara Cachoeira, a cratera aberta comprometeu o acesso a várias propriedades, gerando revolta entre os residentes que cobram soluções definitivas e não apenas ações emergenciais.

O vereador Landmark Rios reforçou a gravidade da situação. “O estrago está em todas as regiões. A Câmara precisa agir rápido para liberar o município a buscar recursos federais. Estamos acompanhando os levantamentos para avaliar as prioridades. Vamos votar o decreto assim que possível”, afirmou.

Já o secretário Marcelo Miglioli destacou que, se a chuva der uma trégua, os trabalhos de emergência para tampar buracos e recompor aterros começam já no próximo fim de semana. No entanto, ele foi direto ao admitir que sem dinheiro novo não há solução duradoura. Miglioli revelou que a Prefeitura está tentando firmar uma parceria com a UFMS para realizar obras de desassoreamento no Lago do Amor e no Rádio Clube, que poderiam evitar novos transbordamentos como o que aconteceu em março.

“Estamos em tratativas com a UFMS para um projeto que prevê desassoreamento e instalação de caixas de contenção. Sem isso, vamos ficar só apagando incêndio a cada chuva. Engenharia é planejamento, projeto e execução. Agora estamos buscando recursos”, explicou Miglioli.

Os números confirmam o drama. Segundo o Cemaden, só na última quarta-feira, 24 de abril, Campo Grande registrou 88 milímetros de chuva, quase o equivalente ao esperado para um mês inteiro. A Defesa Civil colocou a cidade em alerta laranja até sábado, 26 de abril. A Prefeitura já contabiliza 328 ocorrências de quedas de árvores e galhos. E a previsão é de mais água nos próximos dias.

Com uma cidade vulnerável, ruas destruídas e a população cada vez mais descrente de promessas, a pressão sobre os vereadores e a Prefeitura aumenta. A votação do decreto de emergência pode ser a chance de buscar fôlego financeiro, mas a reconstrução de Campo Grande vai precisar de muito mais que discursos de solidariedade e medidas paliativas.

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