A cidade de São Paulo foi surpreendida na tarde de quarta-feira (12) por um forte temporal que causou uma série de destruições, entre elas a morte de um homem e o impacto direto sobre a vida de milhares de moradores. O temporal que atingiu a capital paulista e a região metropolitana derrubou 330 árvores, causou a queda de granizo em algumas regiões e deixou mais de 173 mil imóveis sem luz. O caos foi generalizado, afetando desde o centro da cidade até a periferia, com o clima severo provocando pontos de inundação e danos estruturais.
A tragédia teve início com a queda de uma árvore sobre um carro na Avenida Senador Queirós, no centro da cidade, resultando na morte de um homem, identificado como taxista. Ele estava dentro do veículo quando o galho de uma árvore de grande porte caiu sobre o carro. Embora a vítima fatal tenha sido o taxista, os dois passageiros que estavam no carro conseguiram sair sem ferimentos. A situação foi registrada pelo Corpo de Bombeiros, que também atendeu a outros incidentes em diversas áreas da cidade.
Árvores e estruturas destruídas
A queda das árvores foi um dos maiores problemas enfrentados pela cidade. As autoridades municipais confirmaram que 330 árvores caíram ao longo da cidade e na região metropolitana, causando obstrução de vias e danos a residências e estabelecimentos comerciais. Uma das quedas mais simbólicas foi a de um chichá de 200 anos, que estava localizado no Largo do Arouche, no centro da cidade, um dos pontos mais tradicionais de São Paulo. O galho quebrou com a força da chuva, caindo com grande estrondo e impressionando quem passava pela área. Este chichá era considerado uma das árvores mais antigas da cidade, com cerca de 200 anos de vida.
A chuva foi tão intensa que, em algumas regiões da capital, os ventos alcançaram 62,9 km/h. O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo registrou áreas de grande instabilidade, com a queda de granizo em regiões como Butantã e Pinheiros. Além disso, os bairros de Santo Amaro, Campo Limpo e Vila Mariana também foram fortemente afetados pelas chuvas e ventos fortes.
Impacto na energia e previsões para os próximos dias
A situação ficou ainda mais dramática para milhares de paulistanos, que ficaram sem eletricidade por horas. O fornecimento de energia foi afetado em diversas áreas da cidade e da região metropolitana, com a Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia, informando que cerca de 173 mil imóveis estavam sem luz por volta das 17h30. Às 19h30, o número de residências afetadas ainda chegava a 153 mil, principalmente nas regiões oeste e norte da capital paulista.
As rajadas de vento e o acúmulo de água também causaram pontos de inundação, como no Terminal Bandeira, que ficou submerso, prejudicando o transporte público. A Defesa Civil emitiu alertas de risco severo para as zonas norte, oeste e central, orientando a população a evitar áreas de risco e a seguir as orientações das autoridades.
A previsão do tempo para os próximos dias indica que a instabilidade climática deve continuar, com novas pancadas de chuva e ventos fortes em várias regiões do estado. A partir de quinta-feira (13), a chegada de uma nova frente fria vai reduzir a temperatura, proporcionando alívio ao calor que assolou a cidade nas últimas semanas. Para a sexta-feira (14), a expectativa é de céu nublado, com poucas aberturas de sol pela manhã e pancadas de chuva à tarde, além de chuviscos durante a noite.
Ações de emergência e preparação para novos Desastres
O Gabinete de Crise, formado pelo Corpo de Bombeiros e outras agências reguladoras, segue em ação para lidar com as consequências do temporal e monitorar possíveis novos incidentes. A Defesa Civil e a Prefeitura de São Paulo reforçam a importância de os cidadãos acompanharem os alertas meteorológicos, já que novos temporais são esperados nos próximos dias.
O episódio serve como um alerta sobre a vulnerabilidade das grandes cidades frente a fenômenos climáticos intensos e rápidos. Além disso, a tragédia também evidencia a necessidade de uma infraestrutura mais robusta para suportar tais eventos, principalmente em uma cidade como São Paulo, com grande concentração populacional e áreas de risco.
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