O Carnaval sempre foi palco de festa, alegria e, acima de tudo, expressão cultural e social. Em 2025, a Sapucaí vai receber um grito poderoso que ecoa por todas as mulheres do Brasil. O Bloco Feminicídio Zero, iniciativa do Ministério das Mulheres, será o abre-alas do Desfile das Campeãs no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. A ideia é simples, mas urgente: transformar a maior festa popular do país em um palanque de conscientização e luta contra a violência de gênero.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, anunciou com entusiasmo a novidade durante entrevista à Voz do Brasil. Segundo ela, a campanha Feminicídio Zero, que no ano passado ocupou os estádios de futebol, agora ganha uma nova dimensão. “Vamos estar no Rio de Janeiro com a mobilização do Feminicídio Zero. Vamos fazer o lançamento na Casa do Samba, depois nas quadras onde ocorrem os ensaios, discutindo com a população e com as escolas. No dia 8 de março, seremos o bloco de entrada das escolas no desfile”, destacou a ministra.
Ligue 180: uma ferramenta de proteção
A ministra também comemorou os impactos positivos da campanha nos estádios em 2024. Com a ampla divulgação do Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher registrou 691.444 ligações e 750.687 atendimentos ao longo do ano passado. Isso significa que, todos os dias, mais de duas mil mulheres buscaram ajuda. “A reestruturação do 180, com uma equipe especializada só de mulheres, fez toda a diferença. Não são só as vítimas que ligam, mas também pessoas que acreditam de novo na política pública”, pontuou Cida Gonçalves.
O retrato da violência contra a mulher no Brasil ainda é alarmante. Entre os casos registrados, as mulheres negras representam a maioria das vítimas, somando 53.431 denúncias entre pardas e pretas. Além disso, os principais tipos de violência identificados foram psicológica, física, patrimonial, sexual, moral e até mesmo cárcere privado.
Mais estrutura para acolhimento
Para reforçar o apoio às mulheres, o Ministério das Mulheres anunciou a criação de sete novas Casas da Mulher Brasileira e 13 Centros de Referência da Mulher em 2025. Esses espaços fazem parte do Programa “Mulher Viver sem Violência”, retomado em 2023. Atualmente, 10 Casas da Mulher Brasileira estão em funcionamento pelo país, e outras 27 estão em fase de implementação.
A ministra reforça que o compromisso é garantir que todas as mulheres tenham onde buscar acolhimento, suporte jurídico e proteção. “É uma política que precisa chegar a todas as regiões do Brasil. Estamos expandindo e não vamos parar”, garantiu.
Um Carnaval de Mudança
O desfile das campeãs promete ser um momento histórico. Com parceria entre a Liga das Escolas de Samba, a prefeitura do Rio, o Ministério da Saúde e a Fiocruz, a iniciativa busca impactar milhões de foliões e espectadores da Sapucaí. A mensagem é clara: o Carnaval também pode ser um espaço de reflexão e luta pelos direitos das mulheres.
Se no ano passado o futebol foi o palco desse grito de resistência, agora é a vez do samba levantar essa bandeira. E que seja alto, forte e inapagável, como toda mulher merece!
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