Mato Grosso do Sul, 17 de março de 2025
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Casa do Cinema Brasileiro: imóvel de ‘Ainda Estou Aqui’ será desapropriado e vai virar museu no Rio

Eduardo Paes faz anúncio histórico sobre imóvel que será transformado em espaço cultural após filme brasileiro conquistar Oscar 2025
Elenco de 'Ainda Estou Aqui'.
Foto: Reprodução / X
Elenco de 'Ainda Estou Aqui'. Foto: Reprodução / X

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, surpreendeu o público nesta segunda-feira, 3, ao anunciar que o imóvel que serviu de cenário para o filme Ainda Estou Aqui será desapropriado e transformado na Casa do Cinema Brasileiro. A decisão foi tomada após o longa-metragem protagonizado por Fernanda Torres e dirigido por Walter Salles conquistar o Oscar 2025 na categoria Melhor Filme Internacional.

Em uma postagem nas redes sociais, Paes afirmou que o imóvel, localizado na esquina da Avenida João Luiz Alves com a Rua Roquete Pinto, na zona sul da cidade, se tornará um museu dedicado à memória do cinema brasileiro, destacando a importância histórica da vitória do Brasil na premiação. “Hoje sairá publicado no Diário Oficial Extra da Prefeitura do Rio que decidimos comprar/desapropriar e transformar o imóvel do filme ‘Ainda Estou Aqui’ na Casa do Cinema Brasileiro”, anunciou o prefeito.

A casa, que ficou famosa após ser o lar da família Paiva no filme, se tornou um ponto de atração para fãs de cinema e curiosos desde a divulgação do longa, que recebeu enorme repercussão após sua vitória histórica. Paes detalhou que o espaço será aberto ao público para visitação e terá exposições interativas que contarão a trajetória do filme e do cinema nacional, além de homenagear as grandes atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que deram vida à história.

A Casa do Cinema Brasileiro será mais do que um simples museu. Segundo o prefeito, o local também funcionará como a nova sede da Rio Film Commission, um órgão que visa estimular ainda mais a produção de filmes brasileiros e a participação do Rio de Janeiro em premiações internacionais. “O público ainda poderá conhecer a história do Brasil no Oscar em exposições interativas”, afirmou Paes, que também deixou claro a esperança de que a primeira estatueta do país, agora conquistada, possa um dia ter um lugar fixo ali: “Quem sabe ela não vem morar aqui? Nós vamos sorrir”, completou.

O filme Ainda Estou Aqui fez história na 97ª edição do Oscar, realizada no domingo, 2, ao conquistar a primeira estatueta da história do Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional. Com essa vitória, o filme derrotou fortes concorrentes, como Emilia Pérez, que acumulava 13 indicações, Garota da Agulha da Dinamarca, A Semana do Fruto Sagrado da Alemanha e Flow da Letônia.

A premiação do Oscar, considerada a maior e mais prestigiada do mundo do cinema, ocorre anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, reconhecendo os melhores filmes, diretores, atores e categorias técnicas de cada ano. Desde sua criação, em 1929, o prêmio tem sido um símbolo de excelência, e por muito tempo o Brasil esteve perto de conquistar essa honraria em outras categorias, como Melhor Filme Estrangeiro, mas foi com Ainda Estou Aqui que o país finalmente celebrou sua vitória.

O filme, com uma narrativa comovente, retrata a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, uma mulher que luta para superar as adversidades de sua vida, traçando um paralelo com a busca pela democracia e a resistência dos brasileiros. O longa recebeu elogios por sua sensibilidade ao abordar temas universais, como família, memória e a luta pelo reconhecimento.

No Oscar 2025, Ainda Estou Aqui enfrentou filmes de peso, como Emilia Pérez, uma obra argentina que foi a mais indicada da noite com 13 nomeações, além de outros concorrentes fortes como Garota da Agulha, da Dinamarca, e A Semana do Fruto Sagrado, da Alemanha. A competição foi acirrada, mas o filme brasileiro conseguiu se destacar por sua narrativa autêntica e cativante, representando não apenas a história de uma família, mas também a força de uma nação que luta pela sua identidade.

Além de ser um marco para o cinema brasileiro, essa conquista é um reflexo do trabalho árduo de uma equipe talentosa, que trabalhou incansavelmente para levar o filme a esse patamar. O diretor Walter Salles, já conhecido por seu trabalho em filmes como Central do Brasil e Diários de Motocicleta, foi amplamente elogiado por sua direção sensível e por saber transmitir as complexas emoções dos personagens, ao mesmo tempo que abordava questões sociais e políticas do Brasil.

A vitória de Ainda Estou Aqui também foi comemorada como um reflexo do crescente reconhecimento internacional do cinema latino-americano, que tem conquistado cada vez mais espaço em grandes festivais e premiações. O prêmio não apenas coroou a excelência artística do Brasil, mas também ajudou a colocar o cinema latinoamericano em evidência no cenário global, provando que o cinema do continente é tão relevante quanto qualquer produção norte-americana ou europeia.

Agora, com a Casa do Cinema Brasileiro, o Rio de Janeiro ganha um novo marco na valorização do cinema nacional, tornando-se, sem dúvida, um lugar inesquecível para todos que desejam conhecer um pedaço da história do Brasil no Oscar. O local será mais do que apenas um museu: será um centro cultural que representará não só o cinema, mas a história da luta, da resistência e da memória do Brasil.

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