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Mato Grosso do Sul, 20 de abril de 2024
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Caso Henry: Babá diz que foi coagida a mentir e confirma agressões de Jairinho

Coberta com casaco, Thayná de Oliveira Ferreira, babá de Henry Borel, deixa delegacia na Barra da Tijuca
Foto: Mauricio Almeida
Coberta com casaco, Thayná de Oliveira Ferreira, babá de Henry Borel, deixa delegacia na Barra da Tijuca Foto: Mauricio Almeida

Em depoimento de oito horas, iniciado na segunda-feira (12) concluído quase às duas da manhã desta terça (13), a babá de Henry Borel de Medeiros, Thayná de Oliveira Ferreira, admitiu ter mentido na primeira vez que falou com a Polícia Civil, em 24 de março, sobre a morte do menino de 4 anos.

A babá chegou e saiu da delegacia com o rosto coberto por um casaco e não falou com a imprensa. Após o depoimento, a advogada Priscila Sena disse que Thayná contou tudo da forma que aconteceu. “Ela relata dois episódios de agressão, mas ela não viu, ela supõe.” A babá diz ter sido orientada pela mãe de Henry, Monique Medeiros, a mentir no depoimento.

A recomendação ocorreu depois de receber uma ligação de Thalita, irmã do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), que mandou ela comparecer ao escritório de advocacia de André França Barreto, no Centro do Rio.

O advogado defendia o casal até segunda-feira (12), quando Monique anunciou ter constituído defesa própria, com atuação independente da feita pela equipe que atende o vereador.

No novo depoimento, Thayná disse que quando chegou ao escritório não esperava encontrar Monique no local. A patroa abriu uma porta e a chamou para receber as instruções, assim citadas no Termo de Declaração: “Monique então começou a falar para a declarante que quando ela fosse depor em sede policial era para ela falar que nunca havia visto nada, nunca havia ouvido nada e que era para apagar todas as mensagens”, sobre as comunicações trocadas no aplicativo WhatsApp.

Quando questionada se Monique explicou sobre a que se referia, Thayná disse que sim. “Monique mandou a declarante não relatar nada, nem sobre as brigas do casal, nem sobre as agressões que Henry sofreu (…) A declarante [Thayná] se sentiu intimidada naquele momento, já que Monique falou de forma impositiva”, diz o termo. No momento dessa conversa, segundo a babá, apenas as duas estavam na sala.

Thayná destacou ainda que apagou as mensagens de seu celular no momento da conversa e, quando perguntada pela patroa se havia algum conteúdo relevante em sua troca de mensagens com o vereador, respondeu que não.

No novo depoimento, a babá admitiu a veracidade das trocas de mensagens com Monique, na qual alertava para um episódio, em fevereiro, em que Jairinho se trancou no quarto do casal com o menino, que depois deixou cômodo alegando dores e mancando, como já mostrado.

Ainda segundo a babá, a empregada da família também teria mentido em depoimento à polícia, já que no dia 12 de fevereiro as duas estavam em casa quando Jairinho teria agredido Henry.

A defesa do vereador Dr. Jairinho alega que o cliente é inocente e não fez qualquer agressão ao menino. Procurado para se manifestar sobre as acusações, o advogado de Monique Medeiros ainda não se manifestou sobre o novo depoimento da babá.

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