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Mato Grosso do Sul, 19 de setembro de 2024
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China libera exportações de frango do Brasil, mas manterão a suspensão para o envio de cargas do Rio Grande do Sul

Os produtos do Rio Grande do Sul estão bloqueados para outros oito destinos: África do Sul, Arábia Saudita, Bolívia, Chile, México, Peru, União Econômica Euroasiática e Uruguai
Foto: Globo Rural
Foto: Globo Rural

Autoridades sanitárias da China comunicaram o governo brasileiro nesta quarta-feira (7/8) que vão liberar as exportações de carne de frango e demais produtos avícolas de todo o Brasil para lá, mas manterão a suspensão temporariamente para o envio de cargas do Rio Grande do Sul, segundo uma fonte graduada do governo. A medida é semelhante à adotada pelo México.

As exportações poderão ser retomadas imediatamente, mas o governo ainda aguarda uma comunicação oficial do lado chinês para repassar a informação ao setor e ao mercado.

Principal destino das carnes de aves do Brasil, a China vai liberar também a exportação da produção que estava estocada desde a detecção do foco da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS), em 18 de julho, nas plantas fora do Rio Grande do Sul.

No Estado, as exportações seguem bloqueadas. Os chineses vetaram o envio de cargas produzidas em território gaúcho a partir de 2 de agosto, quando o surto da enfermidade já havia sido encerrado e comunicado oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

A definição dessa data causou estranheza em Brasília. O lado brasileiro vai tentar reverter a decisão em negociação bilateral com Pequim. A avaliação é que este não é um “critério técnico”.

Testes

Os itens produzidos no Rio Grande do Sul no período entre a confirmação do vírus, em 18 de julho, e 2 de agosto, marco temporal de bloqueio informado hoje aos brasileiros, poderão ser enviados para a China, mas serão testados na chegada.

Oficialmente, o Ministério da Agricultura informou que as exportações de todo o país seguem suspensas para China e Argentina. Os produtos do Rio Grande do Sul estão bloqueados para outros oito destinos: África do Sul, Arábia Saudita, Bolívia, Chile, México, Peru, União Econômica Euroasiática e Uruguai.

Outro conjunto de países adotou a suspensão para a zona de restrição ou o raio afetado. É o caso da Albânia, Chile, Canadá, Cazaquistão, Coreia do Sul, Cuba, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tadjiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Europeia, Vanuatu e Vietnã.

O secretário-adjunto de Agricultura do Rio Grande do Sul, Márcio Madalena, disse à reportagem que o objetivo do governo estadual é reforçar as ações de negociação com os países importadores para desembargar as exportações das plantas gaúchas.

Nessa semana, durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), em São Paulo, o governador Eduardo Leite disse que o Estado entende que não há necessidade de manutenção dessas suspensões em todo o território gaúcho.

“Estamos dispostos a trabalhar no convencimento dos países de que não há necessidade de manutenção do embargo no Estado inteiro. Estamos nos organizando como Rio Grande do Sul e setor para começar a barganhar, junto com o Ministério da Agricultura, com o objetivo de colaborar com as ações que já estão sendo feitas”, disse Madalena.

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