Mato Grosso do Sul, 25 de abril de 2025
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China responde firme a Trump e impõe condição para negociar tarifas

Governo chinês rebate sinal de trégua e exige respeito mútuo para avançar em acordos
Após sinalização de queda por parte de Trump, ministério de Relações Exteriores da China se pronuncia
Após sinalização de queda por parte de Trump, ministério de Relações Exteriores da China se pronuncia

Depois de semanas de tensão e trocas de farpas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, finalmente sinalizou que está disposto a aliviar as tarifas impostas à China. A fala, feita nesta terça-feira, 22 de abril, durante uma conversa com jornalistas na Casa Branca, parecia um passo em direção ao fim da guerra comercial que já dura três semanas e vem impactando a economia global. No entanto, Pequim não deixou barato e deixou bem claro que não vai aceitar imposições unilaterais.

Trump disse que os Estados Unidos estavam indo bem com a China e que pretendia ser “muito gentil” nas tratativas. Segundo ele, as tarifas, que chegaram a ultrapassar 145% sobre produtos chineses, iriam cair de forma significativa, embora não zerem totalmente. No discurso, o presidente reconheceu que o nível atual das tarifas é alto demais e compromete o equilíbrio comercial entre as duas potências. No entanto, mesmo tentando adotar um tom mais amigável, Trump manteve o costumeiro jeito ambíguo, que mistura concessões com ameaças veladas.

As tarifas impostas pelos Estados Unidos, em especial nos setores de tecnologia, aço, alumínio, agricultura e manufatura, afetaram milhares de empresas e consumidores de ambos os lados. Produtos básicos ficaram mais caros, as exportações despencaram e o clima de insegurança se espalhou entre investidores. Pequim, por sua vez, respondeu com medidas semelhantes, taxando produtos americanos e buscando novos parceiros comerciais. O resultado foi um efeito dominó no comércio internacional, com prejuízos para empresas de diversos países.

Nesta quarta-feira, 23 de abril, o governo chinês resolveu se pronunciar oficialmente sobre a fala de Trump. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, foi direto ao ponto. Segundo ele, a China não quer guerra comercial, mas também não vai recuar se for provocada. Para Guo, as ações unilaterais dos Estados Unidos colocaram em risco cadeias globais de suprimento, aumentaram os custos de produção e provocaram incertezas econômicas mundo afora.

“A posição da China é clara: não começamos essa guerra tarifária, mas estamos preparados para lutar até o fim se for necessário”, declarou Guo. Ele ainda afirmou que a China está aberta a negociações, mas que qualquer conversa precisa ocorrer com base em respeito mútuo, igualdade e reciprocidade. “Falar em paz enquanto se ameaça com sanções não é negociar. É pressionar, e com a China isso não funciona”, completou.

Para analistas internacionais, o recado chinês é um aviso direto a Trump: se quiser resolver essa crise, vai ter que baixar o tom e tratar a China como um parceiro e não como um rival a ser derrotado. A guerra tarifária entre os dois países já provocou a retração do comércio em setores estratégicos e impactou fortemente economias dependentes da exportação.

O embate entre as duas maiores potências do planeta também acirrou disputas tecnológicas. O caso mais emblemático foi o bloqueio imposto pelos EUA à empresa chinesa Huawei, acusada de espionagem. Em resposta, a China acelerou o investimento em tecnologia própria, buscando reduzir a dependência de produtos americanos e fortalecer sua soberania digital.

A tensão se espalhou ainda por áreas como propriedade intelectual, segurança cibernética e até relações diplomáticas com outros países. A guerra comercial não é apenas sobre dinheiro. Ela envolve influência política, liderança econômica e protagonismo geopolítico em escala global.

O momento é decisivo. Caso os Estados Unidos aceitem sentar à mesa de igual para igual, pode ser o início de uma trégua. Mas se continuarem agindo com imposições, ameaças e jogos de pressão, o confronto tende a se estender, trazendo consequências ainda mais sérias para a economia mundial. A escolha está nas mãos de quem começou a guerra.

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