A decisão da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) de suspender temporariamente a compra de carne bovina de três frigoríficos brasileiros, anunciada no dia 3 de março de 2025, gerou uma série de reações no setor de carne brasileiro. A medida afeta diretamente unidades da JBS, Bon-Marte e Frisa, localizadas em Goiás, São Paulo e Minas Gerais, respectivamente. A suspensão foi motivada por “não conformidades” em relação aos requisitos de registro de estabelecimentos estrangeiros exigidos pelo governo chinês. No entanto, até o momento, o órgão chinês não detalhou as falhas específicas que levaram a essa decisão.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a suspensão está relacionada a irregularidades no processo de registro dos frigoríficos junto à autoridade sanitária chinesa. A China exige que todos os estabelecimentos que exportam carne bovina para o país estejam devidamente registrados e em conformidade com suas rigorosas exigências sanitárias. A não conformidade pode incluir falhas no cumprimento de normas de higiene, rastreabilidade da carne, controle de qualidade ou outros aspectos do processo de produção. Essas irregularidades são graves o suficiente para que a China tenha decidido suspender temporariamente as importações de carne desses frigoríficos até que as questões sejam resolvidas.
O Ministério da Agricultura do Brasil ainda está aguardando mais detalhes sobre o tipo exato de irregularidade que motivou a decisão. O órgão brasileiro se comprometeu a trabalhar em conjunto com as autoridades chinesas para entender as falhas e corrigir qualquer possível erro. A Abiec, por sua vez, também está em constante comunicação com o governo brasileiro e as autoridades competentes para buscar uma solução rápida. A associação assegurou que as empresas afetadas já foram notificadas e estão tomando medidas corretivas para garantir que atendam aos requisitos exigidos pela China.
Além dos três frigoríficos brasileiros, a suspensão também afetou outros dois frigoríficos da Argentina, um do Uruguai e outro da Mongólia, que exportam carne bovina e ovina. A medida, portanto, não se restringe ao Brasil, mas também envolve outros países fornecedores de carne para o mercado chinês.
A boa notícia para o Brasil é que a suspensão não afeta a totalidade das exportações de carne bovina para a China. A Abiec destacou que as demais unidades de frigoríficos brasileiros que atendem ao mercado chinês continuam operando normalmente. O fluxo de carne bovina brasileira para a China está, portanto, garantido, embora a situação demande ajustes nos frigoríficos envolvidos.
A China continua sendo um dos maiores importadores de carne bovina do Brasil, e a suspensão de algumas unidades acende um alerta sobre a necessidade de manter os mais altos padrões de qualidade e conformidade com as exigências internacionais. O governo brasileiro, juntamente com os frigoríficos, está empenhado em resolver o problema rapidamente, a fim de evitar maiores impactos no mercado de carne e garantir que a carne bovina brasileira continue a ser reconhecida por sua qualidade e segurança em mercados internacionais.
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