Em um cenário de crescente valorização da ciência e do conhecimento aplicado, o Brasil volta a figurar entre os protagonistas do avanço científico mundial. Vinte e quatro pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foram reconhecidos entre os mais citados do planeta em oito áreas do conhecimento, segundo a quarta edição do ranking internacional elaborado pela plataforma acadêmica Research.com. A consagração reafirma não apenas o prestígio individual dos cientistas, mas também a relevância da Embrapa como instituição estratégica na geração de ciência aplicada para o desenvolvimento sustentável do país.
Criada em 1973, a Embrapa é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária e tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, da pecuária e da agroindústria no Brasil. Com centros de pesquisa espalhados por todos os biomas brasileiros, atua em frentes que vão da biotecnologia à inteligência artificial, do melhoramento genético à segurança alimentar, da agricultura de precisão à sustentabilidade ambiental.
A classificação da Research.com utilizou como base o chamado Discipline H-index (D-index), métrica que combina número de publicações com volume de citações, em dados extraídos de plataformas como OpenAlex e CrossRef. Foram avaliados 166.880 cientistas, de mais de 70 países, todos com publicações recentes e impacto acadêmico nos últimos cinco anos. Além da performance bibliométrica, também foram considerados prêmios, bolsas de pesquisa e reconhecimentos concedidos por agências científicas e instituições internacionais.
A presença da Embrapa nesse ranking é mais notável na área de Ciência de Plantas e Agronomia, na qual oito pesquisadores se destacaram. São eles: Mariangela Hungria (também listada em Microbiologia), Segundo Urquiaga, Robert Boddey, Bruno Alves, José Ivo Baldani, Veronica Reis, Maria Fátima Grossi de Sá e Valeria Euclides. A lista é encabeçada por Hungria, referência global em fixação biológica de nitrogênio, tema crucial para a redução de fertilizantes sintéticos na agricultura.
Na área de Ciências Animais e Veterinárias, sete cientistas da Embrapa alcançaram lugar de destaque: Luciana Regitano, Marcos Dias, Maurício Alencar, Samuel Paiva, Marcos Vinícius Silva, Ana Carolina Chagas e Gherman Araújo. Os trabalhos desses pesquisadores abordam desde genética bovina até biotecnologias aplicadas à nutrição animal e sanidade dos rebanhos.
Outro campo de atuação de peso é o da Ecologia e Evolução, no qual três nomes brasileiros foram citados: George Brown, Marcelo Simon e Aldicir Scariot, todos com pesquisas voltadas para a conservação da biodiversidade, restauração ecológica e estudo dos ecossistemas brasileiros, como o Cerrado e a Amazônia.
Na seara das Ciências Ambientais, foram destacados Joice Ferreira e Mateus Batistella, cujos estudos conectam o uso da terra, mudanças climáticas e políticas de conservação. Na interface com as ciências exatas, a área de Ciência de Materiais apresentou os nomes de Luiz Henrique Mattoso e Cauê Ribeiro, sendo este último também citado na área de Química, por suas pesquisas em nanotecnologia e novos materiais aplicados à agricultura.
Além deles, outros dois pesquisadores ampliam ainda mais o alcance da Embrapa no cenário científico global: Dario Grattapaglia, na área de Biologia e Bioquímica, e Daniel Corrêa, em Engenharia e Tecnologias, demonstrando a transversalidade do conhecimento produzido pela empresa.
O reconhecimento reflete uma política institucional de valorização da ciência aplicada à realidade brasileira. A Embrapa, ao longo de seus mais de 50 anos, consolidou-se como uma das mais respeitadas instituições científicas do mundo em pesquisa agropecuária, contribuindo diretamente para que o Brasil se tornasse um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do planeta, sem perder de vista os compromissos com a sustentabilidade, a segurança alimentar e a inovação.
O estudo da Research.com tem como objetivo não apenas mensurar desempenho, mas também inspirar novas gerações de cientistas. Ao valorizar a produção científica brasileira, especialmente em áreas ligadas ao campo e ao meio ambiente, o ranking reforça a relevância da pesquisa pública como motor do desenvolvimento, da soberania e da transformação social.
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