A parede abdominal do ex-presidente Jair Bolsonaro estava em estado crítico quando ele deu entrada para uma nova cirurgia no último domingo, 13 de abril. A operação, que durou mais de 12 horas, teve como objetivo tratar uma suboclusão intestinal, causada por aderências que se formaram ao longo de anos de procedimentos cirúrgicos após a facada sofrida em 2018.
Segundo Cláudio Birolini, médico-chefe da equipe cirúrgica, o abdome de Bolsonaro apresentava sinais de severo comprometimento. “Era um abdome hostil, com múltiplas cirurgias prévias, aderências e uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das operações subsequentes”, relatou Birolini durante coletiva realizada nesta segunda-feira, 14 de abril.
O quadro de saúde de Bolsonaro se agravou na última sexta-feira, quando ele sentiu fortes dores abdominais enquanto cumpria agenda em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. Diante da gravidade do caso, o ex-presidente foi levado de helicóptero para um hospital em Natal, onde exames iniciais indicaram uma obstrução parcial do intestino. No sábado, ele foi transferido para Brasília, onde os médicos constataram a necessidade de intervenção imediata.
A cirurgia realizada é conhecida como laparotomia exploratória, um procedimento invasivo que consiste na abertura total do abdome para identificar e tratar condições que não podem ser totalmente diagnosticadas apenas com exames de imagem. De acordo com o cardiologista Leandro Echenique, esta foi a operação mais complexa enfrentada por Bolsonaro até o momento.
“O ponto de partida de tudo foi a facada”, reforçou Birolini, ao explicar que a sequência de complicações enfrentadas por Bolsonaro tem como origem direta o atentado ocorrido em Juiz de Fora, Minas Gerais, em setembro de 2018. Desde então, o ex-presidente já passou por uma série de cirurgias, cada uma deixando cicatrizes internas e externas que contribuíram para o quadro atual.
Na manhã desta segunda-feira, Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado estável. Apesar da gravidade do procedimento, o ex-presidente tem respondido bem ao pós-operatório. “Está acordado, conversando conosco, já fez até uma piadinha. Então está tudo sob controle”, afirmou o médico Echenique com tom mais leve, tentando tranquilizar apoiadores e familiares.
A expectativa agora é que Bolsonaro continue sob observação até que a equipe médica possa avaliar a progressão da recuperação. Ainda não há previsão de alta.
Esse novo capítulo da saga médica do ex-presidente reabre a discussão sobre as consequências a longo prazo do atentado de 2018 e como a saúde de Bolsonaro continuará sendo um fator de atenção, tanto para sua vida pessoal quanto para seus movimentos políticos.
#Bolsonaro #JairBolsonaro #CirurgiaBolsonaro #Facada2018 #SuboclusaoIntestinal #PoliticaBrasileira #NoticiaUrgente #SaudeBolsonaro #Recuperacao #BolsonaroNaUTI #NoticiasDeBrasilia #BrasilHoje