Em entrevista nesta terça-feira (16), o governador do Piauí e presidente do Fórum de Governadores, Wellington Dias (PT), pediu uma coordenação nacional no combate à pandemia do novo coronavírus após a escolha do novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga.
“As 27 unidades da federação, independentemente de partidos e de oposição, nós sempre temos sustentado a necessidade de deixar de lado as nossas diferenças políticas e focar nesse instante num tema da maior importância para salvar vidas. Estamos prontos para trabalhar, e a linha que ele [Marcelo Queiroga] citou nos alegra muito.
Estamos há muito tempo propondo um pacto pela vida, e hoje já conta com o apoio da Câmara, do Senado, de ministros do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais e de Defensores-Gerais, de pessoas da ciência, de artistas e do setor empresarial”, disse.
Segundo o governador, o novo ministro chega em um momento em que a rede hospitalar do país está colapsada. “Ou seja, há necessidade de maximizar as condições de atuar no atendimento aos doentes e de não deixar faltar insumos e equipamentos”.
Lockdown
Em sua primeira entrevista após ser anunciado como novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga afirmou, na noite desta segunda-feira (15), que lockdown só deve ser aplicado em “situações extremas” e “não pode ser política de governo”.
Dias afirmou que também não interessa nenhum governador e prefeito ter o lockdown como política. “Há a necessidade de uma coordenação nacional como todos os países do mundo fizeram para que a gente tenha um controle nacional. […] Medidas preventivas de restrição e isolamento não resolvem, mas é para amenizarem enquanto avançamos no que resolve, que é a vacina”, avaliou.
Vacinação
Ao defender que estados e municípios caminhem numa direção comum para conter o avanço do coronavírus no país, Wellington Dias disse que o trabalho está sendo feito para que em abril todo os grupos prioritários estejam imunizados contra a doença.
“A meta é a gente chegar em julho com algo em torno de 70% a 75% da população vacinada, e o Brasil tem condições para isso.”