Na manhã da última quarta-feira, um jovem de 19 anos identificado como Bruno Coelho Cruz morreu após um confronto com policiais civis da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), durante o cumprimento de mandados da segunda fase da operação Argos. A ação ocorreu em Aparecida do Taboado, município localizado a 457 quilômetros de Campo Grande, e tinha como objetivo combater o tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul.
Segundo informações levantadas, os policiais chegaram ao imóvel onde estava Bruno para executar um mandado judicial, mas foram surpreendidos com disparos de arma de fogo. Diante da situação, a equipe revidou, o que resultou em um intenso tiroteio. Bruno foi baleado durante o confronto, chegou a ser socorrido e encaminhado ao hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A polícia civil ainda não divulgou detalhes sobre se o jovem tinha antecedentes criminais, mas confirmou que ele estava diretamente ligado aos alvos da operação. O caso está sendo investigado pela corregedoria da corporação, como é de praxe em ocorrências com morte em confronto.
Operação Argos segue combatendo o tráfico no estado
A morte do jovem aconteceu dentro de uma ampla operação contra o tráfico de drogas que vem sendo articulada pela Denar. A segunda fase da operação Argos foi deflagrada com a participação de mais de 120 agentes das forças de segurança, que atuaram em diferentes regiões do estado com foco principal no cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão.
Durante a operação, oito pessoas foram presas. Os policiais também apreenderam uma série de bens e produtos associados às atividades criminosas: três veículos, entre eles um carro e duas motocicletas, além de 11 aparelhos celulares, dois televisores, joias, dinheiro em espécie que totalizou R$ 11.679, duas armas de fogo e balanças de precisão.
Quanto aos entorpecentes, foram retirados de circulação 36 gramas de maconha, 1,37 quilo de cocaína, meio grama de crack e 60,8 gramas de pasta base de cocaína. Segundo a polícia, a estrutura desmantelada atuava em rede, com ramificações em outras cidades, o que deve resultar em novas ações e investigações nos próximos meses.
A operação Argos é fruto de uma investigação de longa duração da Denar e segue o rastro do tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, estado considerado estratégico para as rotas do narcotráfico por fazer fronteira com o Paraguai e a Bolívia. A operação busca atingir tanto os responsáveis diretos pela comercialização quanto os financiadores e fornecedores da droga, além de cortar os fluxos financeiros da atividade criminosa.
O nome da operação, inspirado no personagem mitológico Argos Panoptes, um gigante de cem olhos que tudo vê, simboliza a vigilância constante das autoridades no combate ao crime organizado. Para a Denar, cada fase da operação tem representado um passo importante no enfraquecimento das quadrilhas que atuam no estado.
A sociedade entre a polícia e a justiça é o que tem garantido a efetividade da operação, afirmaram os coordenadores da Denar. O próximo passo, segundo os investigadores, é dar prosseguimento às análises das provas recolhidas durante os mandados para identificar novos envolvidos e desdobramentos do esquema.
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