Dois membros do Clã Díaz, uma das facções criminosas que dominam o tráfico de drogas, assassinatos, e outros crimes violentos na linha internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul, foram mortos em um confronto com a polícia paraguaia, neste domingo (23). A operação, que aconteceu no distrito de Tava’i, a cerca de 250 quilômetros da fronteira, resultou na morte de Nelson Vilassanti Espínola, 34 anos, e Santiago Benítez Flor, 18 anos, ambos envolvidos em atividades ilícitas na região.
A operação e o confronto com os criminosos
O local do confronto foi um assentamento rural no departamento de Caazapá, onde a dupla estava escondida. A polícia paraguaia, em conjunto com o Ministério Público, foi informada da localização dos membros do clã após uma investigação que visava desarticular a ação do grupo. Durante o confronto, outros integrantes da facção conseguiram escapar, se jogando em um rio e se refugiando na mata local.
Nelson Vilassanti Espínola, que era considerado o líder da célula do grupo na região, foi morto enquanto usava sua esposa e filha de quatro anos como escudos humanos. Armado com um fuzil AR-15, Espínola foi alvejado pelas forças de segurança e morreu no local. A esposa e a filha sofreram ferimentos leves, mas não correm risco de vida.
Já Santiago Benítez Flor, que também era integrante do clã e estava sendo procurado desde o ano passado, foi atingido enquanto tentava fugir atirando contra a polícia. Armado com uma escopeta calibre 12, ele foi abatido durante a troca de tiros. Santiago fazia parte de um grupo de 11 criminosos procurados por diversos crimes, incluindo homicídios e tráfico de drogas. Seu pai, Bienvenido Benítez González, de 48 anos, havia sido preso recentemente na fronteira entre Brasil e Paraguai, no início de fevereiro.
O Clã Díaz e suas atividades criminosas
O Clã Díaz, um dos grupos mais conhecidos e temidos da fronteira, surgiu após a divisão de outra organização criminosa que atuava na região. Com fortes laços com facções brasileiras, o clã está envolvido em uma série de atividades ilegais, como o tráfico de maconha, homicídios encomendados, extorsão de produtores rurais e comerciantes, além de roubos e sequestros.
A facção tem forte presença na linha internacional, atuando com violência e intimidação para expandir suas operações, seja no Paraguai, seja no Brasil. Seu principal objetivo é controlar o cultivo e o tráfico de drogas, principalmente a maconha, que é plantada em grandes quantidades nas regiões fronteiriças. O grupo também tem envolvimento em assassinatos, com diversas mortes encomendadas para consolidar seu poder na área.
O líder do Clã Díaz, Cristino Díaz, foi morto em um confronto com um grupo rival, liderado por Felipe Acosta Riveros, o “Macho”, em fevereiro do ano passado. Com a morte de Cristino, seu irmão mais novo, Diego Díaz Méndez, assumiu a liderança do grupo, dando continuidade ao ciclo de violência e ilegalidade que marca a atuação do clã na fronteira.
A repercussão do confronto e os impactos na segurança fronteiriça
O confronto de domingo é mais um capítulo da intensa guerra entre facções criminosas que atuam nas regiões de fronteira. As forças de segurança do Paraguai, com o apoio do Ministério Público, seguem empenhadas em combater o tráfico de drogas e outros crimes relacionados, buscando desarticular as redes de distribuição e reduzir os índices de violência na região.
A morte dos membros do Clã Díaz é vista como uma vitória parcial das autoridades, mas as investigações continuam para prender os outros membros do grupo e garantir a segurança da população local, que muitas vezes vive sob o domínio de facções criminosas. A atuação das forças de segurança se intensifica, com operações cada vez mais frequentes, visando impedir que a violência se espalhe ainda mais pela região.
A situação na linha internacional segue sendo uma das maiores preocupações das autoridades de segurança pública tanto no Brasil quanto no Paraguai. O fortalecimento das ações de combate ao tráfico de drogas e à violência se mostra cada vez mais necessário para restaurar a ordem e a paz na região.
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