Mato Grosso do Sul, 28 de junho de 2025
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

Contas de luz mais caras em julho com bandeira vermelha e Aneel reforça alerta sobre consumo consciente

Baixo volume de chuvas obriga uso de energia mais cara e encarece tarifa; entenda como funciona o sistema de bandeiras tarifárias no Brasil
Adicional é de R$ 4,46 a cada 100 kW/h consumidos
Adicional é de R$ 4,46 a cada 100 kW/h consumidos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a conta de luz dos brasileiros continuará mais alta no mês de julho de 2025. Pelo segundo mês consecutivo, estará em vigor a bandeira vermelha no patamar 1, o que implica um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A decisão, divulgada nesta sexta-feira, 27 de junho, está relacionada à queda nas afluências volume de água que chega aos reservatórios e à consequente necessidade de uso de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.

A manutenção da bandeira vermelha revela um cenário de alerta no setor elétrico. A escassez hídrica tem pressionado a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), que coordena a distribuição de energia no país. Diante da baixa produção das hidrelétricas, que são as fontes mais baratas e limpas, o Brasil recorre à geração térmica, mais onerosa e poluente. O custo maior é então repassado ao consumidor final por meio do sistema de bandeiras tarifárias.

Criado em 2015 pela própria Aneel, esse sistema tem como principal objetivo dar mais transparência ao consumidor sobre o custo real da geração de energia no país. As bandeiras funcionam como um sinal de alerta: informam, mês a mês, se a energia está mais barata ou mais cara para ser produzida e, consequentemente, consumida. Assim, os consumidores têm a possibilidade de se planejar e reduzir o consumo em períodos mais críticos.

Ao contrário da antiga prática em que os reajustes eram incorporados apenas anualmente, sem que o usuário tivesse conhecimento em tempo real dos aumentos, as bandeiras oferecem um indicativo mais direto sobre o momento vivido pelo setor elétrico.

O sistema de bandeiras tarifárias está dividido em quatro cores, cada uma representando uma condição distinta do custo de geração da energia:

Bandeira verde: significa que as condições de geração são favoráveis, não há custos adicionais e, portanto, a conta de luz não recebe acréscimos. Essa é a melhor situação possível para o consumidor e para o sistema como um todo.

Bandeira amarela: indica uma leve elevação nos custos de produção. Em geral, é adotada quando os níveis dos reservatórios começam a cair ou quando há necessidade parcial de uso de termelétricas. Nesse caso, há um acréscimo, atualmente, de R$ 1,88 para cada 100 kWh consumidos.

Bandeira vermelha patamar 1: como ocorre em julho de 2025, representa um cenário mais crítico. A geração via fontes mais caras torna-se inevitável, e o consumidor paga um valor adicional de R$ 4,46 por 100 kWh.

Bandeira vermelha patamar 2: ainda mais severa, reflete um custo de geração extremamente elevado, geralmente em situações de seca prolongada ou alta demanda energética. O acréscimo neste patamar pode ultrapassar os R$ 6,00 por 100 kWh, dependendo de reajustes anuais definidos pela Aneel.

A agência reguladora enfatiza que o sistema não é apenas um instrumento de repasse de custos, mas também um mecanismo educativo. Ao alertar sobre a necessidade de economizar energia, contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor energético.

O uso responsável da eletricidade torna-se ainda mais essencial em períodos como o atual, quando os reservatórios operam abaixo da média histórica. A adoção de práticas simples, como apagar luzes ao sair dos cômodos, desligar aparelhos da tomada e evitar o uso de eletrodomésticos em horários de pico, pode gerar impacto relevante tanto na conta de luz quanto na segurança energética do país.

A Aneel recomenda que os consumidores fiquem atentos às comunicações mensais sobre as bandeiras tarifárias e avaliem o consumo energético de forma consciente. A expectativa é que, com a chegada do período úmido e a recuperação dos reservatórios, a situação se normalize e as tarifas possam ser ajustadas para patamares mais baixos.

Até lá, permanece o apelo para o uso racional da energia, num esforço conjunto entre governo, setor elétrico e sociedade civil para enfrentar o desafio das condições climáticas adversas e garantir a continuidade do abastecimento de forma eficiente e equilibrada.

#BandeiraVermelhaNaConta #AneelEnergíaJulho #ConsumoConsciente #CriseHídricaNoBrasil #TermelétricasEmAção #ContaDeLuzMaisCara #ReservatóriosBaixos #SistemaDeBandeirasTarifárias #EnergiaNoBrasil #EconomiaDeEnergia #BandeirasNaContaDeLuz #SustentabilidadeEnergia

Suas preferências de cookies

Usamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso.