Mato Grosso do Sul, 25 de janeiro de 2025
Campo Grande/MS
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Contratos agrícolas não sustentam impulso da véspera e caem em Chicago

A desvalorização mais forte nesta manhã atinge o milho, que está precificado a US$ 4,2475 o bushel, queda de 2,02% nos lotes com vencimento para julho
O Brasil segue sendo o principal fornecedor de soja para o mercado chinês
O Brasil segue sendo o principal fornecedor de soja para o mercado chinês

Depois de uma valorização da soja na véspera impulsionada pelos derivados, a oleaginosa recua 0,62% na bolsa de Chicago no início do pregão desta terça-feira (25/6). Com contratos de vencimento para julho cotados a US$ 11,6750 o bushel, a soja cedeu, dando o tom ao óleo e ao farelo.

Ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o boletim de condições de safra e também a venda de farelo de soja para as Filipinas. Foram 228 mil toneladas do suproduto para abastecer o país asiático. Esse volume deu impulso à soja em Chicago.

Para a consultoria de commodities Agrifatto, as variações de preço acompanharam não só a queda do dólar como correções técnicas de alta, que não garantem consolidação do campo positivo. Por outro lado, com as projeções bastante animadoras de safra nos Estados Unidos, o próximo mês será acompanhado com atenção pelo mercado, já que a reação dos preços estará à mercê de condições climáticas ruins.

Milho

A desvalorização mais forte nesta manhã atinge o milho, que está precificado a US$ 4,2475 o bushel, queda de 2,02% nos lotes com vencimento para julho. As cotações cederam diante de um avanço na colheita da safrinha brasileira, o que dá garantias de uma oferta sólida do cereal no mercado internacional. De acordo com a análise da Agrifatto, os futuros do cereal “acompanham o movimento de queda do trigo, apesar das enchentes ocorridas em algumas regiões produtoras do meio-oeste norte-americano”.

Segundo análise do analista Karl Setzer, sócio da Consus Ag Consulting, as chuvas que atingiram partes do meio-oeste dos EUA, influenciam no mercado monetário, apesar de ainda não ter respingado nas últimas cotações. “O maior impacto das inundações tende a ocorrer no mercado monetário, uma vez que a logística pode ser facilmente perturbada”, explica.

Trigo

O trigo, por sua vez, cai 1,49% na bolsa americana, operando a US$ 5,4425 o bushel. A commodity, que vinha de um movimento de alta por causa dos problemas de safra na Rússia, voltou a cair com o avanço da colheita, tanto nos Estados Unidos, como na região do Mar Negro e isso derrubou os preços do cereal.

“As chuvas regressaram às zonas mais secas da Rússia e as estimativas das colheitas estão a aumentar com elas. O Ministro da Agricultura na Rússia afirma que todos os campos afetados pela geada foram semeados novamente e estão agora a receber chuva. As perdas totais podem ser inferiores a 1% da produção total de trigo”, detalha o boletim da Consus Ag Consulting.

Com isso, o comércio passa a ficar concentrado no clima chinês e na seca que se agrava por lá. “A falta geral de notícias otimistas e o baixo entusiasmo dos traders pesaram sobre todos os contratos no início da semana”, conclui Setzer.

Em paralelo, mercado espera reação da Índia, que pode facilitar as importações de trigo e, segundo o boletim do Commerzbank, faz com que altas sejam pontuais, mas não consolidam cenário de recuperação. “Tal como na semana anterior, os preços ficaram sob pressão renovada quando as negociações abriram nos EUA. Mesmo as notícias que apoiam os preços são atualmente incapazes de pôr fim à queda dos preços. A Índia poderia aliviar ou mesmo suspender as restrições de importação existentes devido ao aumento dos preços internos do trigo”, informa o boletim.

As restrições à importação do produto na Índia para proteger a produção local versus os estoques públicos baixos em uma série histórica de 16 anos, evidencia o potencial do país asiático colocar, ainda que indiretamente, o mercado de trigo ‘na parede’.

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