Na manhã desta sexta-feira, 11 de abril, a Câmara Municipal de Campo Grande dá início a mais uma ação que mostra que inclusão não pode mais esperar. Com grande procura da população, o Curso Básico de Libras, promovido gratuitamente pela Escola do Legislativo, começa com o dobro de vagas inicialmente previstas. Serão 120 alunos divididos em quatro turmas, num esforço direto para atender o interesse crescente em aprender a Língua Brasileira de Sinais e, assim, se comunicar melhor com a comunidade surda.
O curso, que será realizado presencialmente no Plenarinho da Câmara, acontece duas vezes por semana — às segundas e sextas-feiras, nos períodos da manhã e da tarde. A primeira aula será às 7h30 e segue até dezembro. As aulas serão ministradas por duas servidoras que dominam a linguagem e o compromisso com a inclusão: Helga Pereira e Janaína Miron Saraiva, intérpretes de Libras que atuam no setor de Comunicação da Casa de Leis.
A demanda foi tão alta que as inscrições se encerraram em menos de dois dias. Mesmo com a ampliação das vagas, já existe uma lista de espera para eventuais desistências. E o perfil dos participantes mostra o alcance da iniciativa: há servidores da própria Câmara, profissionais da prefeitura, funcionários do Tribunal de Contas, e trabalhadores de empresas privadas, todos unidos por um mesmo desejo — aprender Libras e tornar o dia a dia mais acessível para quem depende dessa forma de comunicação.
Esta é a terceira vez que o curso é ofertado, e nunca antes houve tamanho interesse. Para a professora Helga Pereira, esse engajamento mostra que as pessoas estão mais conscientes sobre o papel que podem desempenhar na inclusão. “Além dos sinais, os alunos vão aprender sobre o universo da comunidade surda e como contribuir com mais respeito e empatia”, afirmou.
A colega Janaína Saraiva complementa dizendo que a formação traz ganhos para todos. “É um aprendizado que ultrapassa o profissional. Libras transforma nossa visão de sociedade, de respeito e de convivência”, destacou. Ela também frisou o quanto isso valoriza o currículo e a formação pessoal dos participantes.
O presidente da Câmara, vereador Epaminondas Neto, o Papy, se mostrou entusiasmado com o impacto da iniciativa. Segundo ele, a Casa de Leis está empenhada em ser cada vez mais um espaço inclusivo. “Nosso objetivo é garantir que todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência auditiva, sejam bem acolhidas. Queremos ser uma Câmara que respeita, que escuta, que dá voz. E isso começa por iniciativas como essa”, disse.
O diretor da Escola do Legislativo, Rodrigo Terra, explicou que a previsão inicial era de apenas duas turmas, mas foi necessário dobrar a capacidade. “Foi uma grata surpresa. A procura foi enorme, e isso mostra que estamos no caminho certo. Estamos formando pessoas preparadas para acolher, dialogar e respeitar as diferenças”, ressaltou.
Hoje, a Câmara já garante tradução em Libras durante todas as sessões ordinárias, que são transmitidas pela TV Câmara no canal 7.3 e também no YouTube. A ideia agora é que mais setores e serviços da Casa se tornem acessíveis com esse novo grupo de formandos.
Essa iniciativa é mais do que um curso. É um passo firme na direção de uma Campo Grande mais justa, mais humana e mais conectada com o que realmente importa: pessoas sendo vistas, ouvidas e respeitadas.
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