Na noite desta quinta-feira, 20 de fevereiro, Simone Souza Simões, de 43 anos, mais conhecida como a “Dama do Crime”, foi finalmente transferida da 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã para o sistema penitenciário, sob forte esquema de segurança. Apontada como uma das líderes do tráfico de drogas na Baixada Santista e integrante ativa do Primeiro Comando da Capital (PCC), Simone foi alvo de uma operação planejada que envolveu o Cope (Comando de Operações Penitenciárias Especiais) da Polícia Penal, além de unidades da Polícia Militar e Polícia Civil.
A operação foi marcada pela discrição e pelo rigor, com a prisão de Simone sendo um reflexo do trabalho incessante das autoridades no combate às facções criminosas que atuam no Brasil e em países vizinhos. A unidade para onde Simone foi levada após a transferência não foi divulgada, como medida de segurança, visto que ela é uma figura importante dentro da estrutura do PCC e sua atuação no tráfico de drogas é altamente estratégica.
Simone Souza Simões se destacou no cenário do crime organizado, principalmente pelo seu envolvimento com o tráfico de drogas entre o Brasil e o Paraguai, além de sua ligação com outros membros do PCC. Ela foi casada com Jonas dos Santos Júnior, o “Pixote”, um dos líderes mais influentes da facção criminosa, condenado a 43 anos de prisão. Juntos, o casal construiu um império criminoso focado no tráfico de entorpecentes e na violência, com a facção PCC se estendendo para diversas regiões do país, especialmente em São Paulo e na Baixada Santista.
Em 2020, Simone foi presa em Santos (SP), quando levava uma vida de luxo, sendo acusada de comandar o tráfico de drogas e de financiar a operação do PCC em diversas cidades. Porém, após ser colocada em liberdade, ela fugiu para Ponta Porã (MS), onde conseguiu reestruturar sua rede de tráfico de drogas, ligando novamente o Brasil ao Paraguai para abastecer a Baixada Santista com entorpecentes. Sua atuação foi tão eficaz que as autoridades logo decretaram a sua prisão novamente, com mandado expedido pela Justiça paulista.
O vínculo de Simone com a facção PCC vai além do tráfico de drogas. Ela se tornou uma figura importante na estrutura do crime organizado, sendo responsável pela coordenação e manutenção de rotas de tráfico entre países. Além disso, ela tem participação ativa nas decisões da facção, frequentemente fazendo parte de planos para expandir o domínio do PCC em várias áreas, o que a fez ser chamada de “Dama do Crime”. Sua atuação no tráfico não era apenas limitada ao comércio de drogas, mas também envolvia a logística e a comunicação entre os líderes da facção.
O esquema de tráfico de Simone, que se concentrava na remessa de drogas do Paraguai para a Baixada Santista, foi um dos mais difíceis de serem desmantelados pela polícia, devido à sua capacidade de operar discretamente e ao apoio de aliados dentro e fora do sistema penitenciário. Mesmo com a prisão de Simone, o impacto de sua rede de tráfico pode levar algum tempo para ser completamente desmantelado.
Simone foi capturada em Ponta Porã no momento em que saía de um centro de estética. A operação que resultou em sua prisão teve o apoio de diversas unidades policiais, demonstrando a complexidade da captura de figuras tão influentes no mundo do crime organizado. Durante a ação, ela foi levada sob forte escolta, o que é um reflexo do nível de segurança necessário para evitar que a “Dama do Crime” escape novamente ou continue suas atividades criminosas a partir de dentro da prisão.
A remoção de Simone Souza Simões para o sistema penitenciário representa um avanço significativo na luta contra o PCC, uma facção criminosa que já causou estragos consideráveis à segurança pública no Brasil. Embora Simone tenha sido capturada, as autoridades sabem que o PCC continua sendo uma ameaça no país, e a desarticulação de suas redes e atividades é um trabalho que não pode parar. Mesmo com sua prisão, o impacto da facção nas comunidades e nas rotas de tráfico de drogas ainda será sentido por um longo tempo.
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