Mato Grosso do Sul, 17 de abril de 2025
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Defesa de Caio César tenta provar que feminicídio de Vanessa Ricarte foi resultado de uso de drogas

Advogados Solicitaram Exame Toxicológico Para Comprovar Que Músico Estava Sob Efeito De Cocaína Durante O Crime
Caio César Nascimento Pereira - Imagem - Redes Sociais
Caio César Nascimento Pereira - Imagem - Redes Sociais

Em uma tentativa de modificar a interpretação dos fatos no caso do feminicídio de Vanessa Ricarte, a defesa de Caio César Nascimento, acusado de matar a facadas a jornalista no último dia 12 de fevereiro, entrou com um pedido no Tribunal do Júri de Campo Grande. O objetivo é comprovar que o crime, cometido no Bairro São Francisco, foi influenciado pelo uso de drogas. Os advogados de Caio solicitaram um exame toxicológico, com base nos depoimentos já colhidos, incluindo o relato de um amigo de Vanessa que presenciou o assassinato.

Na ação cautelar protocolada na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, a defesa argumenta que o acusado era um usuário habitual de cocaína e que o consumo da substância teria sido um fator determinante para o assassinato. Eles solicitam que o exame toxicológico, utilizando amostras de cabelo ou pelos, seja realizado, visto que esse é o método mais eficaz para detectar o uso prolongado de drogas.

A estratégia da defesa busca mostrar que Caio estava sob efeito de cocaína no momento do crime, o que poderia, de acordo com os advogados, justificar sua atitude impulsiva e violenta. O exame seria feito pelo Instituto Médico Legal (IML), e o resultado seria anexado ao processo para análise da Justiça. Esse pedido ocorre após vários dias desde a prisão de Caio, e visa trazer uma nova luz sobre o caso, influenciando a interpretação das circunstâncias do feminicídio.

No entanto, essa não é a primeira vez que a defesa levanta a questão do uso de substâncias por Caio. Poucos dias após o assassinato, o advogado Wellington Mendes, que representa o músico, alegou que ele era dependente químico e teve uma recaída após o fim de seu relacionamento com Vanessa. A defesa havia solicitado, na época, a transferência de Caio para uma clínica psiquiátrica, mas a Justiça negou o pedido.

O assassinato de Vanessa Ricarte, 42 anos, chocou a cidade de Campo Grande. A jornalista havia procurado a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) poucas horas antes de ser morta. Ela denunciou Caio por divulgação de imagens íntimas e informou à polícia que temia pela sua vida devido às ameaças que vinha recebendo. Na delegacia, Vanessa solicitou uma medida protetiva contra Caio.

No entanto, naquele mesmo dia, durante uma discussão na casa onde morava com o músico, Vanessa foi esfaqueada três vezes no coração por Caio. Um amigo da jornalista, que estava no local, tentou intervir, mas não conseguiu evitar a tragédia. O crime aconteceu em meio a um ambiente de violência e tensão, onde Caio, que já havia sido denunciado por sua ex-companheira, se tornou o principal suspeito.

Agora, com a solicitação de exame toxicológico, a defesa tenta criar uma nova narrativa para o caso, buscando explicar o comportamento do acusado como resultado do uso de substâncias, e não apenas como uma ação premeditada de violência. O pedido será analisado pela Justiça, que terá que decidir se o exame será realizado ou não. A sociedade, por sua vez, segue acompanhando atentamente os desdobramentos do caso e as possíveis implicações dessa defesa para a condenação de Caio.

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