Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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Delegada titular é alvo de novas críticas após novos erros e descasos no atendimento da DEAM

Deputados pedem afastamento após indiciamento errado em caso de agressão e falhas em protocolos de atendimento a vítimas de violência, incluindo o caso de feminicídio de Vanessa Ricarte e agressão a Nathalia Barros
Imagem -  Wagner Guimarães
Imagem - Wagner Guimarães

A Delegacia da Mulher de Mato Grosso do Sul, que deveria ser um refúgio para mulheres em situação de violência, tem se tornado um verdadeiro cenário de críticas. A delegada Ricelly Maria Albuquerque está novamente sob fogo cruzado, desta vez por falhas no atendimento a duas vítimas de violência, incluindo o caso de feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte e a agressão sofrida por Nathalia Barros, também jornalista.

Em uma situação alarmante, uma testemunha que foi à Delegacia da Mulher para denunciar uma agressão saiu de lá como agressora. Este fato foi diretamente creditado à incompetência da delegada titular, Ricelly Maria Albuquerque. No caso em questão, o irmão da vítima, que buscava registrar um boletim de ocorrência como informante, acabou sendo indiciado como suspeito de agressão. Ele estava apenas tentando ajudar a irmã, que havia sido vítima de violência, mas saiu da delegacia com a pecha de agressor, um erro grave que demonstra falhas no processo de acolhimento e investigação.

A falha de atendimento na Delegacia da Mulher não é um fato isolado. Este erro, que transformou um simples informante em indiciado, somou-se à série de críticas à delegada, principalmente por sua conduta em outros casos, como o de Vanessa Ricarte. A morte da jornalista Vanessa, que expôs as falhas do atendimento policial e judicial, colocou em evidência a fragilidade do sistema de proteção às mulheres vítimas de violência em Mato Grosso do Sul. Em seu caso, a Delegacia da Mulher não conseguiu garantir a segurança de uma vítima que já havia denunciado seu agressor, resultando em um trágico feminicídio. Agora, com o caso de Nathalia Barros, fica claro que o atendimento continua a ser deficiente.

Nathalia Barros, que foi brutalmente agredida por Philipe Calazans, músico e vocalista, resultando em um nariz quebrado e um supercilio cortado, também enfrentou dificuldades no atendimento. Em vez de ser acolhida e apoiada, a jornalista teve seu caso tratado de maneira superficial, sem a devida atenção e competência. A falta de um atendimento especializado para casos de violência contra a mulher mais uma vez ficou evidente, como aconteceu no caso de Vanessa.

Os deputados estaduais Pedro Pedrossian Neto (PSD), Paulo Corrêa (PSDB) e Pedro Kemp (PT) foram unânimes em suas críticas à atuação da delegada Ricelly. Pedrossian Neto, que já havia levantado críticas sobre a condução do caso de Vanessa Ricarte, voltou a se manifestar em relação ao erro cometido no caso de Nathalia Barros, afirmando que a delegada não demonstra a sensibilidade necessária para lidar com mulheres em situações de violência. “Ela não tem o tratamento apropriado para lidar com mulheres em situações de vulnerabilidade. A falta de sensibilidade é clara e inaceitável”, afirmou o deputado.

Paulo Corrêa expôs violência à sua sobrinha e sucessões de erros de atendimento às vítimas   Foto: Luciana Nassar

O deputado Paulo Corrêa também criticou o indiciamento do irmão da vítima, destacando a incompetência da delegada. “Ele foi até a delegacia para ajudar a irmã, como informante, e acabou indiciado como bandido! Isso é um erro absurdo!”, disse Corrêa, reforçando que a situação coloca em risco a confiança da população nas instituições responsáveis pela proteção das mulheres.

Pedro Kemp, por sua vez, fez um alerta sobre as consequências desses erros no atendimento. “Esses erros podem fazer com que as mulheres, ao invés de se sentirem seguras, se sintam ainda mais desamparadas e desencorajadas a denunciar os abusos”, afirmou o deputado, reforçando a importância de uma reforma no atendimento às vítimas de violência.

A pressão pela remoção de Ricelly Maria Albuquerque do cargo de delegada é cada vez mais intensa, com a sociedade e os parlamentares exigindo mudanças urgentes. A Delegacia da Mulher, que deveria ser um símbolo de acolhimento e proteção, se vê marcada por erros e pela falta de ação eficaz, colocando em risco a segurança e o bem-estar das mulheres em Mato Grosso do Sul.

A morte de Vanessa Ricarte, somada à agressão sofrida por Nathalia Barros e o tratamento inadequado dado a testemunhas, expõem uma realidade alarmante na Delegacia da Mulher, onde falhas sistemáticas no atendimento continuam a colocar em risco as vítimas de violência. O pedido de afastamento da delegada e a cobrança por reformas no atendimento são, portanto, uma medida urgente para que mais mulheres não sejam vítimas de falhas que podem ser evitadas.

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