Mato Grosso do Sul, 11 de maio de 2025
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Deputado Gerson Claro cobra suspensão de pedágio e exige duplicação urgente da BR-163 em Mato Grosso do Sul

Parlamentar pressiona CCR MSVia e ANTT por soluções imediatas após anos de descaso e promessas não cumpridas na principal rodovia do estado
Imagens - Assessoria Parlamentar/Divulgação
Imagens - Assessoria Parlamentar/Divulgação

A paciência do povo sul-mato-grossense está chegando ao fim. E com razão. Após mais de uma década sob concessão da empresa CCR MSVia, a BR-163, uma das principais artérias rodoviárias do estado de Mato Grosso do Sul, continua sendo palco de acidentes, riscos e lentidão. A estrada, que corta o estado de Norte a Sul passando por 21 cidades, já deveria estar bem mais segura. Mas até agora, pouco mais de 150 quilômetros foram duplicados dos 843 previstos.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro, resolveu encarar a situação de frente. Durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, nesta segunda-feira, ele foi direto: se a CCR não antecipar o cronograma de duplicação da BR-163, uma das alternativas é suspender a cobrança de pedágio.

A proposta surgiu como resposta ao planejamento apresentado pela concessionária. Segundo o plano, apenas 68 quilômetros devem ser duplicados nos próximos dois anos. A conta não fecha para quem roda diariamente pela BR-163 e vê com os próprios olhos os perigos que ela representa. Entre os trechos que receberiam melhorias, estão 5,71 km em Mundo Novo, 10,97 km em Eldorado, 5,95 km em Itaquiraí, 3,43 km na Vila São Pedro e 2,75 km na Vila Vargas, ambos próximos a Dourados.

Para Gerson Claro, a situação é crítica. “Não podemos esperar mais 30 anos por essas obras, assistindo diariamente vidas sendo sacrificadas nesta rodovia. São trechos perigosos, mal sinalizados, com tráfego intenso e sem estrutura para suportar o fluxo atual”, alertou.

E os números assustam. De 2014 a 2023, segundo o portal da transparência, a concessionária recebeu R$ 3,9 bilhões em aportes. Em contrapartida, investiu apenas R$ 1,9 milhão e faturou R$ 3,6 bilhões com a cobrança de pedágio. Isso acendeu o sinal de alerta em toda a população e nas autoridades, que agora cobram mais do que promessas: querem resultados.

Gerson fez questão de destacar pontos críticos como o anel viário de Campo Grande, onde pedestres e motoristas enfrentam situações perigosas todos os dias. “A mesma situação se repete em São Gabriel do Oeste, Rio Verde e Coxim. A duplicação do trecho entre Campo Grande e Dourados, por exemplo, é mais do que urgente. É uma questão de vida ou morte”, enfatizou.

A Assembleia Legislativa, por meio das audiências públicas em várias regiões do estado, está colhendo dados, relatos e documentos para levar a pressão popular até a ANTT, a Agência Nacional de Transportes Terrestres. A ideia é clara: exigir a antecipação das obras e garantir melhorias reais no contrato de concessão que será renegociado em maio.

Após 11 anos de concessão privada, o que a população tem visto é um serviço que não corresponde aos bilhões arrecadados. Mesmo aceitando pagar pedágio, os usuários da BR-163 exigem algo em troca: segurança, fluidez no tráfego e redução nos acidentes. “A sociedade aceita pagar o pedágio, mas cobra soluções de engenharia capazes de mudar as estatísticas de acidentes que ainda assustam”, reforçou Gerson.

A expectativa agora é de que a ANTT ouça o grito que vem das estradas de Mato Grosso do Sul. O novo contrato precisa incluir compromissos sérios e prazos firmes. Do contrário, o desgaste será ainda maior. A rodovia que poderia ser símbolo de desenvolvimento, hoje é lembrada como sinônimo de perigo. E isso precisa mudar.

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