Mato Grosso do Sul, 9 de maio de 2025
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

Desemprego cai para 7% e renda bate recorde: Brasil começa 2025 com sinais fortes de recuperação

IBGE mostra que mesmo com aumento sazonal de pessoas em busca de emprego, país vive melhor momento no mercado de trabalho desde 2012
Outro ponto importante do levantamento foi a queda na taxa de informalidade
Outro ponto importante do levantamento foi a queda na taxa de informalidade

O Brasil começou 2025 com uma notícia que traz alívio para milhões de famílias: a taxa de desemprego no país caiu para 7% no primeiro trimestre do ano, o menor índice para o período desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge) iniciou a série histórica da pesquisa, lá em 2012. Embora o número esteja levemente acima do registrado no último trimestre de 2024, que foi de 6,2%, ele é menor do que o observado no mesmo período do ano passado, quando o desemprego marcava 7,9%.

Esse dado foi divulgado nesta quarta-feira, 30 de abril, na nova rodada da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que analisa trimestralmente o comportamento do mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais. O levantamento leva em conta todos os tipos de ocupação: emprego com ou sem carteira assinada, trabalho temporário, por conta própria, entre outros formatos.

Mesmo com mais gente procurando vaga, desemprego cai

O que chama atenção nos dados é que, mesmo com o aumento do número de pessoas procurando emprego no início do ano um crescimento de 13,1%, que representa 891 mil pessoas a mais tentando uma vaga — a taxa de desemprego não explodiu. Pelo contrário, se manteve em queda quando comparada ao mesmo período de 2024.

Segundo a coordenadora de pesquisas domiciliares do Ibge, Adriana Beringuy, esse comportamento é considerado normal para o começo do ano. “É um movimento sazonal. No primeiro trimestre, é comum haver aumento na procura por trabalho, principalmente após as festas de fim de ano, quando muita gente perde empregos temporários e volta a buscar colocação”, explicou.

Redução de ocupados em alguns setores não comprometeu resultado final

Mesmo com retração em setores importantes como a construção civil, que perdeu 397 mil ocupações, e o setor de serviços domésticos, que teve uma queda de 241 mil trabalhadores, o cenário geral do mercado de trabalho segue sólido. A administração pública e os serviços de educação e saúde também registraram menos vagas, com perda de cerca de 297 mil postos de trabalho.

Ainda assim, o total de trabalhadores com carteira assinada se manteve estável, somando 39,4 milhões de pessoas um número recorde. De acordo com Adriana Beringuy, isso indica que o mercado formal está mais resistente às variações econômicas. “A retração da ocupação não atingiu os trabalhadores formais com carteira assinada, o que mostra que o emprego está com maior grau de sustentabilidade”, afirmou.

Menos informalidade e mais segurança para o trabalhador

Outro ponto importante do levantamento foi a queda na taxa de informalidade, que engloba trabalhadores sem carteira assinada, autônomos sem Cnpj e aqueles que vivem de bicos. No trimestre encerrado em março, essa taxa ficou em 38%, a menor desde o terceiro trimestre de 2020.

Embora ainda esteja longe do ideal, essa redução representa um avanço na formalização do mercado de trabalho brasileiro, garantindo mais direitos, estabilidade e acesso a benefícios para os trabalhadores.

Rendimento sobe e bate novo recorde

A cereja do bolo veio com os dados sobre o rendimento médio mensal dos trabalhadores, que subiu para R$ 3.410. Esse é o maior valor registrado na série histórica da Pnad, superando inclusive o recorde anterior, de R$ 3.401, registrado no trimestre encerrado em fevereiro de 2025. Esses valores já estão corrigidos pela inflação, o que significa que o poder de compra também melhorou.

Além disso, a massa de rendimentos que é o total de dinheiro que gira na economia com os salários pagos ficou em R$ 345 bilhões. Isso mostra que, mesmo com uma leve perda de empregos em alguns setores, quem está trabalhando está recebendo mais, movimentando mais o comércio e ajudando a economia a crescer.

O que isso significa na prática?

Na prática, os dados revelam um cenário de resiliência e até de avanço no mercado de trabalho brasileiro. A economia segue desafiadora, especialmente com os juros altos e inflação ainda presente em alguns segmentos, mas o fato de que mais brasileiros estão empregados formalmente e com renda maior mostra que o país está no caminho da recuperação.

Os próximos trimestres serão fundamentais para saber se essa tendência vai se manter. A expectativa é de que os investimentos públicos e privados em obras, infraestrutura, educação e qualificação profissional mantenham o ritmo de geração de empregos, especialmente os formais.

Futuro ainda exige atenção e investimentos

Apesar dos bons resultados, os especialistas alertam que ainda há muito a ser feito. É preciso continuar incentivando a criação de vagas, combater a informalidade, ampliar o acesso ao crédito para pequenos empreendedores e investir fortemente em educação e capacitação profissional. Esses são caminhos para garantir que o crescimento não seja apenas momentâneo, mas uma realidade duradoura para milhões de brasileiros.

#mercadodetrabalho #empregoformal #desempregobaixo #rendimentomaior #brasilmelhorando #pnadcontinua #ibge #economiabrasileira #rendaemalta #trabalhocomcarteira #informalidademenor #recuperacaoeconomica

Suas preferências de cookies

Usamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso.