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Mato Grosso do Sul, 14 de novembro de 2024
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Dinheiro bom é dinheiro transformado em obras, diz Lula a ministros

Lula também pediu aos ministros que sejam os “melhores executores” e “gastadores do dinheiro em obras” do país. Na semana passada, Lula disse que dificilmente a meta será cumprida
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante, Reunião Ministerial — Foto: Ricardo Stuckert / PR
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante, Reunião Ministerial — Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou, nesta sexta-feira, que os ministérios não deixem dinheiro que já tenha previsão de investimento represado nas pastas. Lula deu a determinação para os ministros da área de infraestrutura, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto. A fala do presidente vem em meio às discussões sobre a mudança na meta fiscal de 2024, que prevê déficit zero e pode levar a contingenciamento de gastos discricionários, entre eles, os investimentos.

A gente não pode deixar sobrar dinheiro que está previsto ser investido nos ministérios. A gente precisa colocar, transformar. Eu sempre digo que para quem está na Fazenda dinheiro bom é dinheiro no tesouro. Para quem está na presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras afirmou.

Lula também pediu aos ministros que sejam os “melhores executores” e “gastadores do dinheiro em obras” do país. Na semana passada, Lula disse que dificilmente a meta será cumprida.

A equipe econômica acredita que a fala de Lula sobre a meta fiscal reflete influência da Casa Civil, que comanda o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O temor do ministério é que os recursos acabem sendo contingenciados para que a Fazenda chegue à meta de déficit primário zero.

Se os ministérios forem bem, o Brasil vai bem, o governo vai bem, eu e o Alckmin vamos bem. Se vocês não fizerem direito o Brasil vai mal, eu e Alckmin vamos mal. Então queremos que vocês sejam os melhores ministros desse país, os melhores executores desse país, os melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo brasileiro. É para isso que estamos fazendo essa reunião.

Participaram da reunião ministerial desta sexta-feira o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e os ministros:

  1. Rui Costa (Casa Civil)
  2. Fernando Haddad (Fazenda),
  3. Renan Filho (Transportes)
  4. Silvio Costa (Portos e Aeroportos)
  5. Alexandre Silveira (Minas e Energia)
  6. Juscelino Filho (Comunicação)
  7. Waldez Góes (Desenvolvimento Regional)
  8. Jader Filho (Cidades),
  9. Paulo Pimenta (SECOM)

O governo está com R$ 27,4 bilhões represados nos ministérios, com destaque para as pastas de Saúde, Desenvolvimento Social e Educação. O valor é mais que o dobro do registrado no ano passado, quando os recursos parados chegavam a R$ 13,3 bilhões até agosto, de acordo com os dados mais recentes do Tesouro Nacional.

Se esses valores seguirem parados até o fim do ano, isso vai ser uma alternativa “barata” para a equipe econômica reduzir o rombo das contas públicas em 2023, segundo especialistas. Por outro lado, indica uma dificuldade de execução de políticas públicas, já que a maior parte desse dinheiro é composto por investimentos e outros recursos discricionários aqueles sobre os quais o governo pode decidir.

O dinheiro parado é chamado pelos técnicos de “empoçamento” já que são recursos paralisados como uma poça d’água. É um dinheiro que o Tesouro liberou para ser gasto, mas que não tem sido usado pelo ministério.

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