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Mato Grosso do Sul, 19 de setembro de 2024
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Diretor da Polícia Federal diz que “crime independe de posicionamento do TCU”

Decisão do tribunal sobre relógio de Lula abriu brecha para defesa de Bolsonaro recorrer sobre caso das joias sauditas; ex-presidente foi indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Imagem - Fernando Frazão/Agência Brasil
Imagem - Fernando Frazão/Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, avalia que as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) não interferem, necessariamente, no posicionamento das investigações do órgão.

Na última quarta-feira (7), o TCU decidiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode permanecer com um relógio de ouro recebido pela fabricante francesa Cartier em 2005, durante seu primeiro mandato presidencial.

Segundo apurou, o entendimento pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso fique concluído que as joias recebidas por ele eram itens personalíssimos.

Andrei Rodrigues, no entanto, descarta relação entre a decisão do Tribunal de Contas e a investigação criminal.

“A análise da existência de crime independe do posicionamento do Tribunal de Contas, cabendo ao sistema de justiça criminal a apreciação das condutas e suas circunstâncias para então concluir pela ocorrência ou não de crime”, disse.

O diretor-federal da PF ressalta que os encaminhamentos referentes à investigação sobre as joias de Bolsonaro são de responsabilidade da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Supremo Tribunal Federal (STF). E destaca o que já foi revelado até aqui.

“A investigação em questão envolve diversas condutas, além do recebimento das joias, tais como a omissão de dados, informações, ocultação de movimentação de bens, advocacia administrativa dentre outras, indo além de questões meramente administrativas”, afirmou.

Rodrigues argumenta que, na prática, o que o TCU reconheceu foi que não cabe à Corte definir a incorporação dos presentes recebidos por presidentes.

“Enquanto não houver lei específica, remanesce a competência do sistema de justiça criminal”, acrescentou.

A corrente vencedora do TCU, à qual o chefe da PF se refere, defendeu a manutenção do relógio com Lula porque não há legislação que defina claramente o que deve ser feito com presentes de alto valor recebidos por chefes de Estado durante o exercício do cargo.

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