Mato Grosso do Sul, 22 de abril de 2025
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Disputa por ponto de estacionamento termina em morte na escadaria de santuário em Campo Grande

Morador de rua foi esfaqueado e tentou buscar ajuda dentro da igreja, mas não resistiu
Local onde a vítima caiu e veio a óbito (Midiamax)
Local onde a vítima caiu e veio a óbito (Midiamax)

O que deveria ser mais uma noite de fé e oração no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande, acabou se transformando em uma cena de tragédia. Israel dos Santos Nunes, de 48 anos, foi brutalmente assassinado após uma briga por espaço para cuidar de carros no entorno da igreja. O crime aconteceu na noite de quarta-feira, quando o santuário estava lotado devido às tradicionais novenas realizadas às quartas-feiras.

A BRIGA E O CRIME

Israel, que vivia em situação de rua, trabalhava como flanelinha na região. Testemunhas relatam que ele e outro homem discutiram acaloradamente por um ponto de estacionamento na rua. O desentendimento rapidamente evoluiu para agressões físicas e terminou de forma trágica quando o suspeito sacou uma faca e desferiu golpes contra Israel.

Ferido, o homem ainda conseguiu correr em busca de ajuda, tentando entrar na igreja, mas caiu na escadaria antes mesmo de conseguir socorro. A cena foi desesperadora para os fiéis que estavam no local e presenciaram Israel agonizando na entrada do santuário.

Equipes de emergência foram acionadas imediatamente, mas ao chegarem ao local apenas constataram a morte. O corpo ficou na escadaria por um tempo até a chegada da perícia, enquanto a Polícia Militar começou buscas para tentar localizar o autor do crime, que fugiu logo após a agressão.

REAÇÕES E MEDO NA COMUNIDADE

O padre Reginaldo Padilha, reitor do santuário, afirmou que a briga aconteceu fora da igreja e que Israel não era uma figura conhecida entre os frequentadores. “Aqui sempre aparecem moradores de rua pedindo ajuda, mas não lembro desse rapaz”, disse Rosana Rocha, fiel que frequenta a igreja diariamente.

A comunidade ficou assustada com a violência tão próxima do santuário. Para os moradores do bairro Amambaí, a presença de flanelinhas e moradores de rua na região sempre foi comum, mas essa foi a primeira vez que uma disputa por espaço terminou de forma tão trágica.

Além da preocupação com a segurança dos fiéis e comerciantes da área, muitos questionam a ausência de políticas públicas efetivas para moradores de rua e a falta de fiscalização sobre as disputas territoriais entre flanelinhas, que muitas vezes acabam em violência.

BUSCAS PELO ASSASSINO

A Polícia Militar intensificou as rondas no bairro e segue em busca do responsável pelo crime. Como o assassinato aconteceu há poucas horas, ainda há a possibilidade de prisão em flagrante. Testemunhas estão sendo ouvidas e câmeras de segurança das proximidades podem ajudar a identificar o suspeito e esclarecer os detalhes do ocorrido.

A polícia pede que qualquer informação que possa levar ao paradeiro do criminoso seja repassada pelo telefone 190 ou pelo disque-denúncia de forma anônima.

A morte de Israel dos Santos Nunes levanta novamente o debate sobre segurança em áreas de grande circulação e a vulnerabilidade das pessoas em situação de rua. Enquanto as investigações seguem, moradores e frequentadores do santuário tentam entender como um espaço de fé se tornou cenário de uma tragédia violenta.

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