Campo Grande viveu uma manhã de ação policial intensa nesta terça-feira (11), quando dois homens foram capturados pela Polícia Civil, ambos condenados por crimes de estupro de vulnerável. As prisões ocorreram após investigações detalhadas, que resultaram no cumprimento de mandados de prisão em aberto, ambos pelos crimes de abuso sexual envolvendo vítimas em situação de extrema vulnerabilidade: uma madrasta e uma filha.
O primeiro condenado, de 36 anos, foi detido no Bairro Santo Eugênio, no momento em que a polícia realizava a operação. Ele foi sentenciado por estuprar sua madrasta, de 54 anos, em setembro de 2017. Na ocasião, a mulher dormia em sua casa, localizada em uma chácara, quando o agressor, embriagado, se aproximou dela e se deitou sobre seu corpo, exigindo que ela permanecesse em silêncio. A vítima, com medo, pediu que ele respeitasse seu pai, o que parece ter causado uma reação no criminoso. De acordo com os relatos da mulher, o homem fugiu após pedir desculpas, sem chegar a consumar o ato, mas com um comportamento agressivo e humilhante. A agressão, apesar de não ter sido consumada fisicamente, causou traumas profundos na vítima, que agora aguarda por justiça.
Já o segundo homem, também de 36 anos, foi preso no Bairro Caiçara, sendo condenado a 12 anos de prisão por abusar sexualmente de sua própria filha. O crime aconteceu em setembro de 2020, quando a menina tinha apenas 9 anos. Naquele dia, o pai se deitou com as duas filhas na mesma cama e, em um ato repulsivo e extremamente inadequado, disse à filha que a ensinaria a beijar de língua. O ato foi seguido de um beijo e toques indevidos por cima da roupa. A criança, assustada e profundamente traumatizada, procurou ajuda, e o Conselho Tutelar foi acionado imediatamente, resultando em acompanhamento psicológico para a vítima.
Ambos os casos envolvem crimes de grande gravidade, onde a confiança entre familiares foi quebrada e vítimas vulneráveis sofreram de maneira extrema. O trabalho da Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público, foi essencial para que essas prisões fossem realizadas. Mesmo com o tempo passado desde os crimes – que ocorreram em 2017 e 2020 – a justiça prevaleceu, e os criminosos foram finalmente capturados. Ambos estavam com mandados de prisão em aberto, o que destaca a importância da continuidade das investigações e da ação das forças policiais no cumprimento de ordens judiciais.
O caso ainda ressalta um importante ponto: a violência sexual em ambientes familiares é um problema sério e frequentemente ignorado. Muitas vítimas, especialmente crianças, não têm coragem de denunciar o abuso ou, muitas vezes, nem sabem como reagir frente à gravidade da situação. As instituições de segurança pública, como a Polícia Civil e o Conselho Tutelar, desempenham papel fundamental na garantia de proteção às vítimas e no acompanhamento das denúncias. Além disso, a condenação de pessoas em posições de confiança, como pais e madrastas, envia uma mensagem clara sobre a necessidade de respeitar e proteger os direitos das vítimas, principalmente as mais vulneráveis.
Ambos os homens, após serem capturados, foram encaminhados à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde devem permanecer enquanto o processo judicial segue. As vítimas, por sua vez, continuam recebendo o devido acompanhamento psicológico, com o objetivo de amenizar os traumas e garantir um processo de recuperação.
Casos como esses reforçam a importância de políticas públicas que envolvam educação, proteção e punição rigorosa contra crimes de abuso sexual. O estupro de vulnerável é um crime que exige não apenas uma resposta judicial eficiente, mas também um trabalho constante de conscientização social e de apoio às vítimas.
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