Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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Dólar dispara com tombo do petróleo e dados de inflação no Brasil e EUA; moeda norte-americana fecha a R$ 5,65

No cenário doméstico, o mercado repercutiu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou a primeira deflação desde junho de 2023
Mercados ampliam reação negativa da véspera após detalhamento ase propostas do governo
Mercados ampliam reação negativa da véspera após detalhamento ase propostas do governo

dólar à vista (USDBRL) ganhou força nesta terça-feira (10) à medida que os investidores elevaram a aversão ao risco na expectativa por novos dados de inflação nos Estados Unidos e números mais fracos na China.

No Brasil, o destaque foi a deflação registrada em agosto. Apesar do alívio na inflação, o mercado manteve as projeções de alta na taxa básica de juros, a Selic, na próxima semana.

Na comparação com o real, moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,6553 (+1,32%).

O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em leve alta de 005%.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, o mercado repercutiu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou a primeira deflação desde junho de 2023.

A inflação teve queda de 0,02% em agosto na base mensal, ligeiramente abaixo da expectativa de economistas consultados pela Reuters de alta de 0,01%. Em 12 meses, o índice desacelerou para um avanço de 4,24%, de 4,50% em julho.

O resultado, apesar de representar uma desaceleração em relação ao mês anterior, ainda mostrou uma inflação distante do centro da meta de 3%.

André Valério, economista -sênior do Inter, o resultado de hoje não foi bom o suficiente para retirar as pressões sobre o Banco Central.

“Apesar de acreditamos que não faz sentido subir juros nesse contexto, a desancoragem das expectativas inflacionárias nos últimos meses terá maior peso sobre o processo decisório do Copom. Mas com uma inflação bem-comportada, além do esperado alívio externo à medida que o Fed cortar juros, antecipamos que o ciclo de alta será curto, tanto em quantidade de altas, quanto na magnitude dessas altas”, diz o economista.

As moedas emergentes, entre elas o real, também foram pressionadas pela piora nas perspectivas econômicas da China, depois que dados de comércio externo mostraram que a segunda maior economia do mundo teve uma desaceleração no crescimento de suas importações na base mensal em agosto, a 0,5%, ante avanço de 7,2% em julho.

O pessimismo se refletia nos preços de commodities importantes, como o petróleo e o minério de ferro.

Nos Estados Unidos, os investidores seguem na expectativa por novos dados de inflação.

O índice de preço ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) será divulgado na próxima quarta-feira (11) e deve recalibrar as apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve na próxima semana.

A expectativa é de que a inflação se mantenha em 0,2% na comparação mensal e uma alta de 2,6% na base anual.

Enquanto o dado não é divulgado, os traders veem 67% de chance de o banco central colocar os juros na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group.

Já a probabilidade de o Fed cortar 50 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano, é de 33%.

Vale lembrar que quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos dos Treasuries caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.

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