Mato Grosso do Sul, 22 de maio de 2025
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Dólar encerra o dia em queda a R$ 5,64 após sessão volátil marcada por riscos fiscais no Brasil e nos Estados Unidos

Oscilações refletiram a instabilidade econômica provocada pelo impasse tributário nos Estados Unidos e preocupações fiscais internas, levando a moeda norte-americana a fechar em baixa no mercado brasileiro

O dólar apresentou comportamento volátil nesta quarta-feira, encerrando a sessão com queda de 0,47%, cotado a R$ 5,6413 no mercado à vista, após um dia marcado por sucessivas oscilações entre ganhos e perdas. A divisa norte-americana refletiu a instabilidade gerada pelo ambiente de risco fiscal, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, e acabou acompanhando o movimento de desvalorização global da moeda, que também recuou frente a outras moedas internacionais.

No Brasil, a percepção de risco fiscal segue elevada, principalmente diante das discussões em torno das metas fiscais do governo e das dificuldades em conter o avanço das despesas públicas. Esse cenário de incertezas contribuiu para pressionar o câmbio nas primeiras horas da manhã, com o dólar chegando a registrar leves altas. No entanto, ao longo do dia, prevaleceu a tendência de baixa, em linha com o desempenho observado no mercado internacional.

No exterior, o dólar recuou pelo terceiro dia consecutivo, impactado pelo impasse político nos Estados Unidos em torno do projeto de reforma tributária defendido pelo presidente Donald Trump. O mandatário norte-americano não conseguiu até o momento garantir apoio suficiente dentro de seu próprio partido, o Republicano, para aprovar a proposta, o que gerou insegurança entre os investidores e contribuiu para a desvalorização da moeda americana.

Além disso, cresceu entre os agentes financeiros o receio de que autoridades econômicas dos Estados Unidos possam adotar uma postura favorável a um dólar mais fraco nas reuniões do G7, que estão ocorrendo no Canadá. A possibilidade de uma política cambial mais leniente por parte do governo americano intensificou o movimento de venda da moeda, especialmente em mercados emergentes, como o brasileiro.

No fechamento do mercado brasileiro, às 17h04, o dólar futuro para junho considerado o contrato mais líquido recuava 0,35%, sendo cotado a R$ 5,6565 na B3, a bolsa de valores brasileira. No acumulado do mês, a moeda americana registra uma perda de 0,62%.

Os dados do dólar comercial no encerramento do dia indicaram cotação de R$ 5,641 tanto para compra quanto para venda. Já o dólar turismo, que serve de referência para transações com o público, foi negociado a R$ 5,873 para compra e a R$ 5,693 para venda, refletindo a habitual diferença em relação à cotação oficial.

Especialistas apontam que o cenário permanece altamente sensível às notícias envolvendo a política fiscal nos dois países. No Brasil, há expectativa quanto às medidas que o governo adotará para ajustar as contas públicas e conter o avanço do endividamento, que preocupa investidores e impacta diretamente a percepção de risco-país. Nos Estados Unidos, as atenções continuam voltadas ao Congresso, onde Donald Trump busca consolidar sua proposta tributária, considerada essencial para os rumos da economia norte-americana e para a trajetória futura do dólar.

A expectativa dos analistas para os próximos dias é de que o dólar siga oscilando conforme evoluam as negociações políticas em Washington e os desdobramentos das discussões fiscais no Brasil. A volatilidade cambial deve permanecer elevada, sobretudo diante da proximidade de eventos internacionais importantes e da persistência das incertezas econômicas internas.

O mercado financeiro também estará atento às sinalizações que possam surgir ao longo das reuniões do G7, que reúnem ministros das finanças das maiores economias do mundo. Qualquer indicativo de mudanças na política monetária ou cambial dos Estados Unidos pode repercutir fortemente nos mercados emergentes, como o brasileiro.

Assim, o dia foi marcado por uma sessão de forte tensão e cautela, mas que terminou com um viés positivo para o real, beneficiado pela fraqueza global do dólar. O cenário, entretanto, segue indefinido e sujeito a novos episódios de volatilidade, conforme avançam os acontecimentos políticos e econômicos no Brasil e no exterior.

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