Mato Grosso do Sul, 17 de abril de 2025
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Dólar fecha em alta, a R$ 5,75, após novas tarifas dos EUA aumentarem tensões no mercado

Taxa de câmbio sobe em meio à reação dos investidores aos efeitos das políticas econômicas dos EUA, enquanto o IPCA-15 aponta leve aceleração da inflação no Brasil
Proteger investimentos da alta do dólar. Foto: Adobe Stock
Proteger investimentos da alta do dólar. Foto: Adobe Stock

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (27), encerrando o dia a R$ 5,75, refletindo um cenário de tensões nos mercados internacionais. A moeda americana registrou alta de 0,44%, ou seja, um aumento de R$ 0,02, comparado ao fechamento do dia anterior. Esse movimento segue a tendência de perdas no real, que se desvalorizou junto a outras divisas emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno. O aumento da moeda norte-americana ocorre em meio a preocupações com as políticas tarifárias dos Estados Unidos, especialmente após a recente decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas de 25% sobre importações de veículos.

O avanço nas tarifas ampliou a guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais, o que gerou incertezas sobre as perspectivas econômicas globais. A medida reflete a postura protecionista do governo dos EUA, que busca fortalecer sua indústria automobilística, mas também provoca receios nos mercados financeiros sobre os impactos em outras economias, como a brasileira.

Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial no Brasil, apontou uma alta de 0,64% em março. O dado veio ligeiramente abaixo da previsão dos analistas, que esperavam uma alta de 0,7%. Essa aceleração da inflação coloca pressão sobre as políticas econômicas internas, em um momento já delicado para o mercado brasileiro.

O que influencia a alta do dólar?

O aumento da cotação do dólar também pode ser explicado por fatores internos. O Banco Central do Brasil revisou suas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025, reduzindo a projeção de 2,1% para 1,9%. A revisão reflete as dificuldades econômicas que o país enfrenta, incluindo o cenário de inflação mais alta e a fragilidade do crescimento. Essa revisão de estimativas piorou a confiança dos investidores na economia brasileira, resultando em uma nova pressão sobre o real.

A decisão do Banco Central também trouxe à tona um cenário de inflação persistente, com o índice de preços se mantendo acima do teto da meta estabelecida pelo governo. Isso aumenta as expectativas de que a autoridade monetária pode ser forçada a adotar políticas mais restritivas, como aumentos nas taxas de juros, o que impacta diretamente no câmbio e na confiança dos investidores.

No mercado futuro, o dólar para abril, que é o contrato mais negociado no Brasil, subiu 0,15%, alcançando R$ 5,7505. Isso reflete a continuidade das incertezas tanto externas quanto internas que afetam o mercado de câmbio.

O que o futuro reserva para a economia brasileira?

A reação do mercado financeiro a esses indicadores será observada de perto nas próximas semanas. O Banco Central também segue atento às pressões inflacionárias, e a possibilidade de ajustes na política monetária continua no radar. O cenário externo, com os desdobramentos da guerra comercial entre os EUA e outros países, também pode afetar os fluxos de capitais para o Brasil, com impacto sobre a cotação do real.

Cotação do Dólar

  • Dólar comercial
    • Compra: R$ 5,758
    • Venda: R$ 5,758
  • Dólar turismo
    • Compra: R$ 5,757
    • Venda: R$ 5,937

Expectativa para os próximos dias

Com o agravamento das tensões comerciais e os desafios econômicos internos, investidores e analistas aguardam mais movimentações do governo e do Banco Central para tentar conter a inflação e estimular o crescimento econômico. Enquanto isso, a cotação do dólar deve seguir influenciada por esses fatores, com possibilidade de novos aumentos nas próximas semanas.

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