Mato Grosso do Sul, 18 de abril de 2025
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Dólar sofre forte queda e fecha abaixo de R$ 5,90 após decisão surpresa de Trump

Anúncio de pausa nas tarifas para vários países agita os mercados e alivia pressão sobre a moeda americana no Brasil

A quarta-feira foi de reviravolta no mercado financeiro. Depois de uma manhã de tensão, com o dólar se aproximando da casa dos R$ 6,10, o anúncio inesperado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou o rumo das negociações e fez a moeda americana despencar no Brasil, encerrando o dia cotada a R$ 5,8467. A queda foi de 2,53%, a maior baixa em semanas.

O que causou essa virada foi a decisão de Trump de suspender por 90 dias a cobrança de tarifas adicionais sobre produtos importados de diversos países. A exceção ficou por conta da China, que segue sendo alvo de medidas mais duras. Essa trégua nos embates comerciais trouxe um pouco de alívio para os mercados e ajudou a derrubar o dólar no mundo todo, inclusive por aqui.

Até então, o clima era de apreensão total. Na véspera, os Estados Unidos haviam iniciado a aplicação de novas tarifas sobre dezenas de parceiros comerciais, o que tinha elevado o risco de uma recessão global. A China respondeu com medidas retaliatórias e a União Europeia também sinalizou que poderia reagir. O dólar, claro, disparou e chegou a ultrapassar os R$ 6 na cotação comercial.

Mas tudo mudou quando Trump publicou nas redes sociais que autorizava uma pausa nas tarifas, além de uma redução temporária para 10% durante esse período de três meses. Essa sinalização de recuo caiu como uma bomba positiva no mercado. Minutos depois do anúncio, o dólar começou a cair rapidamente, primeiro voltando para R$ 5,90 e depois fechando ainda mais abaixo.

No mercado de contratos futuros, o dólar para maio também teve forte recuo, caindo 2,84% e ficando em R$ 5,8655 às 17h05, horário de Brasília. Já no mercado de turismo, a moeda era vendida a R$ 6,186 e comprada a R$ 6,006. No comercial, a compra ficou em R$ 6,054 e a venda em R$ 6,055.

Essa movimentação também impactou outros segmentos do mercado financeiro, como o dos Depósitos Interfinanceiros, os famosos DIs. As taxas, que pela manhã haviam disparado mais de 30 pontos em alguns vencimentos, despencaram com a notícia de Trump. No fim da tarde, os contratos de longo prazo praticamente zeraram os ganhos, acompanhando a queda do dólar e a diminuição da pressão nos títulos do Tesouro americano.

Apesar dessa trégua, o dólar ainda acumula alta no mês de abril, com uma valorização de 2,45%. Isso mostra que, mesmo com a queda de hoje, o cenário internacional segue volátil e cheio de incertezas.

A fala de Trump também deixou um recado claro: o jogo comercial está longe de terminar. O presidente deixou claro que a China continua sendo seu principal alvo, anunciando que as tarifas sobre produtos chineses subirão para 125%, bem acima dos 104% que já estavam em vigor.

Especialistas seguem atentos ao comportamento da economia global nas próximas semanas. A pausa de 90 dias pode ser só um respiro temporário. Enquanto isso, investidores aproveitam para respirar um pouco mais aliviados.

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