Dorival Júnior não comanda mais a Seleção Brasileira. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (28) após um ano de gestão e 16 jogos, com resultados que geraram insatisfação tanto da torcida quanto dos dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em uma reunião na sede da entidade, no Rio de Janeiro, o presidente Ednaldo Rodrigues confirmou a demissão do treinador, que também viu sua comissão técnica – composta pelos auxiliares Lucas Silvestre e Pedro Sotero e o preparador físico Celso Resende – ser dispensada.
A demissão de Dorival Júnior não foi uma surpresa para muitos, uma vez que, além dos resultados abaixo das expectativas, o técnico se envolveu em algumas polêmicas durante seu período à frente da seleção. A principal delas foi a crise interna que se agravou após a goleada sofrida contra a Argentina por 4 a 1, na última terça-feira. A derrota escancarou as fragilidades do time e, além disso, colocou em questão o trabalho do treinador, que já vinha sendo questionado pela falta de uma estratégia consistente e pela dificuldade em encontrar o melhor time titular.
Desde o início de sua passagem, Dorival Júnior enfrentou resistência de parte da torcida e da mídia, que cobravam mais resultados positivos e um futebol mais competitivo. Sua gestão foi marcada por uma série de empates que descontentaram a nação apaixonada pelo futebol. Apesar de conquistar 7 vitórias e 7 empates em seus 16 jogos, a Seleção Brasileira não conseguiu encantar e nem mostrar o futebol de qualidade esperado por seus fãs.
Além disso, questões extracampo também acabaram minando o clima de confiança em torno do técnico. Nos bastidores, rumores de desentendimentos com jogadores e membros da comissão técnica circulavam com frequência. A falta de unidade dentro do grupo e as declarações controversas de Dorival, que às vezes pareciam desrespeitar a tradição e os valores da Seleção, só agravaram a pressão sobre o treinador.
Com a saída de Dorival, a CBF já inicia a busca por um novo comandante, e o nome de Jorge Jesus surge como favorito para o cargo. Inicialmente, Carlo Ancelotti foi cogitado, mas a sua disponibilidade foi comprometida pelo calendário de competições internacionais. Agora, com a possibilidade de Jorge Jesus assumir, a expectativa é grande, mas também gera polêmica, pois o treinador português tem um estilo bem diferente do que a Seleção Brasileira está acostumada, o que pode gerar desafios para adaptar o time a suas propostas táticas.
A saída de Dorival Júnior é mais um capítulo de um ciclo turbulento para a Seleção Brasileira. Desde a saída de Tite após a Copa do Mundo de 2022, a Seleção passou por interinos e agora enfrentou a demissão de Dorival, sendo o quarto treinador a assumir o comando da equipe neste período de preparação para a próxima Copa do Mundo. Muitos questionam a instabilidade na gestão da CBF e as sucessivas trocas de técnicos, o que pode afetar ainda mais a confiança da torcida no futuro da Seleção.
Ednaldo Rodrigues, em seu pronunciamento à imprensa, agradeceu o trabalho de Dorival Júnior, mas deixou claro que a CBF agora foca em um novo rumo para a equipe. “A partir de agora, vamos buscar um substituto para dar continuidade ao trabalho da Seleção Brasileira”, afirmou o presidente.
Agora, a CBF tem a difícil missão de encontrar um técnico que possa dar a estabilidade necessária e resgatar a confiança da torcida para os próximos jogos, que incluem os confrontos contra Equador e Paraguai em junho pelas Eliminatórias.
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