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Mato Grosso do Sul, 24 de abril de 2024
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Dr. Jairinho e mãe de Henry são presos pela tortura e morte do menino

Dr. Jairinho foi preso por suspeita de participação na morte do menino Henry
Dr. Jairinho foi preso por suspeita de participação na morte do menino Henry

A professora Monique Medeiros da Costa e Silva e o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnioro Dr. Jairinho (Solidariedade), foram presos, na manhã desta quinta-feira, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca), acusados de envolvimento na morte do filho de Monique, Henry Borel Medeiros, de 4 anos.

Após um mês de investigação, a polícia concluiu que o vereador agredia o enteado, e que a mãe da criança sabia disso  pelo menos desde o dia 12 de fevereiro. Ele, Monique e a babá do menino teriam mentido quando disseram que a relação da família era harmoniosa. De acordo com as investigações, Jairinho dava bandas, chutes e pancadas na cabeça do menino, que morreu no último dia 8 de março. Jairinho e Monique foram encontrados na casa de uma assessora do vereador.

O laudo de necropsia aponta que o menino teve hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, e que o corpo da criança apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões. Peritos afirmam que os ferimentos não são compatíveis com um acidente doméstico. Um alto executivo da área de saúde afirmou ter sido contactado por Jairinho para agilizar a liberação do corpo sem o encaminhamento para o Instituto Médico Legal (IML), no Centro da cidade.

Contra o casal foram cumpridos mandados de prisão temporária por 30 dias, expedidos pela juíza Elizabeth Louro Machado, do II Tribunal do Júri da capital. A polícia monitorava a casa onde o casal estava desde a última segunda-feira. Nesta quinta-feira, os agentes descobriram que eles não dormiram na residência. Dr. Jairinho e Monique foram levados para a 16ª DP.

Ao longo das investigações, o delegado Henrique Damasceno ouviu outras 16 testemunhas no inquérito, entre familiares, vizinhos e funcionários da família. Uma ex-namorada de Jairinho relatou que ela e a filha, de 3 anos à época, sofreram agressões do parlamentar. A ex-esposa, a dentista Ana Carolina, chegou a registrar ocorrência contra ele por lesão corporal, mas dias depois desistiu.

O que diz o inquérito

O inquérito aponta que menino chegou ao condomínio Majestic, no Cidade Jardim, levado pelo pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, por volta de 19h20 do dia anterior à morte. Monique teria dado banho no filho e o colocado para dormir no quarto que dividia com Jairinho. Por volta de 3h30, quando já tinham pego no sono após assistir uma série na televisão, de acordo com depoimento, a professora e o vereador disseram ter encontrado a criança caído no chão do cômodo, com pés e mãos gelados e olhos revirados.

Eles, então, levaram Henry para a emergência do Hospital Barra D’Or, onde as médicas garantem que Henry já chegou morto e com as lesões descritas nos laudos de necropsia. Os documentos mostram que ele sofreu hemorragia interna e laceração hepática. Seu corpo apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões. Peritos afirmam que os ferimentos não são compatíveis com um acidente doméstico.

Ao ser questionada durante seu depoimento, Monique afirmou acreditar que Henry possa ter acordado, ficado em pé sobre a cama, se desequilibrado ou até tropeçado no encosto da poltrona e caído no chão. Também na delegacia, Jairinho contou que, após ouvir os gritos da mulher, caminhou até o quarto, colocou a mão no braço de Henry e notou que o menino estava com temperatura bem abaixo do normal e com a boca aberta, parecendo respirar mal.

O vereador disse que acreditou que Henry havia bronco-aspirado, mas seu quadro evoluía mal, já que no caminho para o hospital não respondeu à respiração boca a boca nem aos estímulos feitos por Monique. Jairinho contou que, apesar de ter formação em Medicina, nunca exerceu a profissão e a última massagem cardíaca que realizou foi em um boneco, durante a graduação.

Ao longo deste mês, o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, ouviu 17 testemunhas no inquérito que apura o caso, entre familiares, vizinhos e funcionários do casal. Uma ex-namorada de Jairinho relatou que ela e a filha sofreram agressões por parte do parlamentar. Os celulares e laptops dos dois e de Leniel foram apreendidos e passam por perícias e uma reprodução simulada foi realizada.

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