Mato Grosso do Sul, 16 de março de 2025
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Drogas escondida até na roupa íntima: trio é preso com droga na cueca e estômago durante operação na fronteira

Além da cocaína, polícia apreendeu duas toneladas de mercadorias contrabandeadas em ônibus clandestino
Alimentos contrabandeados e vestuários falsificados também foram apreendidos durante operação (Foto: Divulgação)
Alimentos contrabandeados e vestuários falsificados também foram apreendidos durante operação (Foto: Divulgação)

A ousadia do tráfico de drogas não tem limite. Durante uma operação de fiscalização na BR-262, em Corumbá, três bolivianos foram presos transportando cocaína de maneira inusitada: além de esconderem parte da droga dentro da cueca, eles também ingeriram cápsulas do entorpecente para tentar despistar a polícia. A ação, realizada neste domingo (16), foi divulgada apenas nesta segunda-feira (17) e mobilizou agentes da Receita Federal, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

A abordagem aconteceu durante a fiscalização de um ônibus clandestino e outros veículos suspeitos que trafegavam na região. Além da droga encontrada com os bolivianos, a operação também resultou na apreensão de aproximadamente duas toneladas de produtos contrabandeados, incluindo roupas falsificadas e alimentos sem procedência legal.

O esquema: cocaína escondida e ingerida

Com o trio, os policiais encontraram aproximadamente 5 kg de pasta base de cocaína. Para despistar a fiscalização, parte da droga estava escondida dentro de frascos de condicionador e outra parte foi disfarçada na cueca de um dos envolvidos. Mas o que mais chamou atenção foi a forma extrema como tentaram esconder o restante da droga: os bolivianos ingeriram cápsulas de cocaína.

Após a prisão, os homens foram levados para um hospital onde passaram por exames de raio-x, que confirmaram a presença de cerca de 100 cápsulas de droga no estômago de cada um. Caso alguma dessas cápsulas rompesse dentro do organismo, a quantidade seria fatal.

De acordo com os detidos, o destino final da cocaína era o estado de São Paulo. Eles revelaram que receberiam R$ 2,5 mil cada um pelo transporte do entorpecente. A polícia acredita que a quantia seja apenas um pagamento inicial e que o valor final da transação poderia ser ainda maior.

Raio-x mostra cápsulas de cocaína no estômago de boliviano (Foto: Divulgação)

Contrabando e risco à saúde pública

Além da droga, a fiscalização flagrou uma grande quantidade de mercadorias contrabandeadas no ônibus clandestino abordado. Entre os produtos apreendidos estavam alimentos de origem duvidosa e vestuários falsificados, que seriam revendidos no comércio informal de várias cidades brasileiras. Essas apreensões fazem parte de um esforço contínuo da Receita Federal para combater o comércio irregular, que prejudica o comércio formal, impacta a arrecadação de impostos e pode colocar em risco a saúde da população.

A Receita Federal reforçou que operações desse tipo são fundamentais para coibir tanto o tráfico de drogas quanto a entrada de produtos ilegais no país. “Nosso compromisso é continuar combatendo o comércio irregular de mercadorias e o tráfico de entorpecentes, protegendo a saúde pública e reduzindo os prejuízos ao comércio e ao agronegócio brasileiro”, declarou a instituição em nota oficial.

Destino dos presos e próximos passos da investigação

Após serem detidos, os três bolivianos foram encaminhados para a Santa Casa de Corumbá, onde permanecerão até expelirem todas as cápsulas ingeridas. Somente após esse procedimento, eles serão transferidos para a Delegacia da Polícia Federal, onde responderão por tráfico internacional de drogas, crime que pode resultar em penas severas.

A polícia segue investigando se há uma organização criminosa maior por trás do transporte da cocaína e se o trio faz parte de uma rede mais ampla de tráfico entre Bolívia e Brasil.

A apreensão demonstra mais uma vez que o tráfico não mede esforços para tentar burlar a fiscalização e mostra a importância de operações constantes na fronteira para evitar a entrada de drogas no país.

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