Nos últimos dois anos, a economia brasileira deu um salto significativo, consolidando avanços que surpreenderam até os mais céticos. Dados recentes apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,2% em 2023 e tem previsão de alta de 2,8% em 2024. Com medidas de estímulo à economia interna, investimento em infraestrutura e uma política de exportação mais agressiva, o país retomou sua posição de destaque no cenário global. Além disso, o Brasil conquistou novos mercados internacionais, ampliando a diversificação de seus produtos e fortalecendo relações comerciais com uma gama maior de países.
Conquistas no mercado internacional
Em 2023, o Brasil registrou um recorde histórico em exportações, totalizando US$ 340 bilhões. Esse crescimento foi impulsionado por vendas expressivas de produtos tradicionais como soja, carne bovina, celulose e minério de ferro, além da entrada em novos mercados e a diversificação de itens exportados. Veja os principais destinos das exportações brasileiras:
- China: Permanece como o maior parceiro comercial, com um volume de exportações de US$ 95 bilhões em 2023, especialmente em soja, carne bovina e minério de ferro.
- Estados Unidos: As vendas para os EUA alcançaram US$ 36 bilhões, com destaque para produtos manufaturados, aviões, etanol e celulose.
- União Europeia: As exportações para a região chegaram a US$ 50 bilhões, com café, carne de frango e produtos químicos liderando.
- África: O continente africano apresentou um crescimento significativo, com US$ 15 bilhões em exportações, puxadas por equipamentos agrícolas, fertilizantes e alimentos processados.
- Ásia (exceto China): Países como Índia, Japão e Coreia do Sul somaram US$ 40 bilhões, com destaque para carnes, milho e produtos minerários.
- Oriente Médio: As vendas para a região, incluindo Árabes Unidos e Arábia Saudita, alcançaram US$ 12 bilhões, com carne halal, frango e açúcar ganhando espaço.
Novos mercados e produtos diversificados
Um dos maiores avanços foi a entrada em mercados antes pouco explorados, como os países do sudeste asiático, incluindo Vietnã e Indonésia, que passaram a importar grandes volumes de milho e carne suína. Além disso, o Brasil ampliou exportações de produtos de maior valor agregado, como medicamentos e equipamentos médicos, para países europeus.
No setor de energia, turbinas eólicas e painéis solares fabricados no Brasil ganharam destaque no mercado internacional, especialmente na União Europeia e nos Estados Unidos. O vice-presidente Geraldo Alckmin celebrou a diversificação: “Estamos mostrando ao mundo que o Brasil não é só um fornecedor de commodities, mas também de tecnologia e inovação”.
Principais empresas implantadas no Brasil (2023-2024)
Entre as empresas que se estabeleceram no Brasil em 2023 e 2024, destacam-se:
- Tesla: A gigante norte-americana de veículos elétricos inaugurou uma fábrica em Minas Gerais, com foco na produção de baterias e carros elétricos para o mercado interno e exportação. A previsão é de geração de 5 mil empregos diretos.
- BYD: A montadora chinesa de carros elétricos abriu uma unidade de montagem em São Paulo, contribuindo para a expansão do setor de mobilidade elétrica e criando 3 mil vagas de emprego.
- Iberdrola: A empresa espanhola investiu em parques solares e eólicos no Nordeste, empregando diretamente 2 mil pessoas durante a fase de construção e operação.
- Amazon Web Services (AWS): Líder em serviços de computação em nuvem, a AWS inaugurou um novo centro de dados no Rio de Janeiro, gerando 1,5 mil empregos altamente qualificados.
- Nestlé: A multinacional suíça expandiu sua produção de alimentos no interior de São Paulo, com uma nova planta voltada à produção de itens para exportação, criando mais 800 empregos diretos.
Esses investimentos não apenas reforçam o papel do Brasil como um polo atrativo para empresas globais, mas também geram milhares de oportunidades para os brasileiros, contribuindo diretamente para o desenvolvimento econômico e social.
Foco no mercado interno
Uma das grandes estratégias do governo foi fomentar a economia interna. Em 2023, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltou a ser uma prioridade, recebendo um aporte de R$ 1,7 trilhão para projetos em infraestrutura, como construção de rodovias, ferrovias, portos e habitação popular. Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esses projetos têm um impacto direto na geração de empregos. “O Brasil voltou a investir no que realmente importa: obras que geram empregos e mudam a vida das pessoas. Nosso povo está no centro do desenvolvimento econômico”, afirmou Lula em evento de lançamento do novo PAC.
Além disso, 2023 viu o surgimento de 150 mil novas empresas, especialmente nos setores de tecnologia, agronegócio e energia renovável. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância de facilitar o ambiente de negócios. “Reduzimos burocracias e criamos linhas de crédito mais acessíveis. Isso impulsionou o empreendedorismo e fortaleceu nossa economia”, explicou.
Investimentos estrangeiros
Outro ponto alto foi a retomada de confiança do mercado internacional no Brasil. Em 2023, o país atraiu US$ 90 bilhões em investimentos diretos, com destaque para setores como energia limpa, com parques eólicos e solares, e tecnologia, com grandes empresas internacionais abrindo filiais no Brasil.
O presidente Lula reforçou a importância desses investimentos. “O mundo voltou a confiar no Brasil. Estamos construindo parcerias que vão nos levar ainda mais longe”, afirmou.
Olho no futuro
Com as perspectivas positivas para 2025 e a continuidade de projetos de infraestrutura e políticas de incentivo, o Brasil também prepara o terreno para um crescimento ainda mais robusto em 2025. Especialistas apontam para um crescimento do PIB em torno de 3%, sustentado por:
- Investimentos em tecnologia e inovação: Com a chegada de mais empresas globais e o fortalecimento das startups locais, o setor tecnológico deve desempenhar um papel-chave na expansão econômica.
- Expansão das energias renováveis: Projetos de energia solar e eólica, especialmente no Nordeste, continuam atraindo investimentos e gerando empregos.
- Agronegócio mais eficiente: A adoção de tecnologias avançadas promete aumentar a produtividade e consolidar o Brasil como um dos maiores exportadores de alimentos do mundo.
- Ampliação da infraestrutura: Obras previstas no novo PAC devem entrar em fases mais avançadas, acelerando o crescimento regional.
- Novos acordos comerciais: O governo tem negociado intensamente para firmar acordos com países da Ásia e África, garantindo novos mercados para produtos brasileiros.
Em discurso recente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou: “2025 será um ano de colheita. As sementes plantadas agora vão gerar frutos que vão beneficiar toda a população brasileira”. Já o vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou: “O Brasil está construindo um futuro com mais oportunidades e justiça social”.
Com esse cenário otimista, o Brasil caminha para consolidar uma nova era de crescimento sustentável e inclusivo.
Energia renovável e carbono zero
O Brasil tem dado passos firmes em direção à sustentabilidade com a implantação de novas fontes de energia renovável e o compromisso com o carbono zero. Projetos de energia solar e eólica expandiram significativamente, com o Nordeste liderando como polo de produção. O governo federal também tem investido em biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e, mais recentemente, no desenvolvimento do hidrogênio verde, considerado o “combustível do futuro”.
Em 2023, foram inaugurados mais de 50 novos parques eólicos e solares, com capacidade instalada de mais de 10 GW. Além disso, o programa “Brasil Carbono Zero” foi lançado, abrangendo iniciativas para reduzir emissões na indústria, agricultura e transporte, com meta de neutralidade de carbono até 2050.
Entre os destaques, o presidente Lula ressaltou: “Não estamos apenas contribuindo para um planeta mais limpo, mas também criando empregos verdes e atraindo investimentos internacionais. O Brasil será protagonista na transição energética global”.
Por sua vez, o ministro Geraldo Alckmin reforçou a importância das parcerias com o setor privado: “Com incentivos certos e regulação adequada, podemos acelerar o desenvolvimento dessas tecnologias e tornar o Brasil uma referência mundial”.
Essa expansão também colocou o Brasil como líder em exportação de tecnologias limpas, como turbinas eólicas, para mercados como União Europeia e América Latina, consolidando o país como uma potência verde.