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Mato Grosso do Sul, 19 de maio de 2024
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Eduardo Bolsonaro, Pablo Marçal e Cleitinho: Planalto lista influenciadores e políticos em pedido de investigação a PF

Lewandowski remeteu o pedido à Polícia Federal para análise e adoção “das providências cabíveis, com a urgência que o caso requer

O Palácio do Planalto enviou um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, listando onze postagens em redes sociais de políticos e influenciadores relacionadas às chuvas no Rio Grande do Sul. Entre os citados, estão o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Pablo Marçal e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), apontados pelo governo como disseminadores de “fake news”. No documento, há um pedido de investigação sobre possíveis “crimes” cometidos pelos autores.

Logo depois, Lewandowski remeteu o pedido à Polícia Federal para análise e adoção “das providências cabíveis, com a urgência que o caso requer”.

O texto do Planalto enviado ao Ministério da Justiça é assinado pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. O ministro foi procurado pelo comandante Militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, que comentou que fakes news sobre o trabalho do Exército vem causando desconforto e atrapalhando o trabalho das tropas em ação no resgate de atingidos pela enchente no Rio Grande do Sul.

Internamente, o Planalto fala em “abrir uma guerra” contra quem propaga fake news, diante de uma tragédia que já deixou 90 mortos e afetou 1,3 milhão de pessoas no Estado desde a semana passada.

O documento cita preocupação com o “impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições como o Exército, FAB, PRF e Ministérios, que são cruciais na resposta a emergências.”

O ministro afirma no pedido a Lewandowski que “a propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises.”

Sem citar qual tipo de punição, o documento solicita “providências cabíveis” pelo MJ, “tanto para a apuração dos ilícitos ou eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação e individualização de condutas quanto para reforçar a credibilidade e capacidade operacional das nossas instituições em momentos de crise.”

Em uma das publicações citadas, Eduardo Bolsonaro criticou a ajuda do governo federal ao Rio Grande do Sul, ao mencionar que o governo levou quatro dias para enviar reforços a região. Outra publicação, do influenciador Pablo Marçal, cita que a Secretaria da Fazenda do RS estava barrando os caminhões de doação, impedindo a distribuição de comida e marmitas. A mesma informação foi reafirmada pelo senador Cleitinho Azevedo.

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