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Mato Grosso do Sul, 19 de maio de 2024
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Egito se prepara para conter multidão de palestinos caso Israel invada Rafah

Embora Cairo se negue em receber refugiados, temendo êxodo imenso, imagens de satélite mostram área desértica sendo preparada para abrigar pessoas

O Egito está construindo uma enorme zona tampão e um muro com quilômetros de largura ao longo da sua fronteira com a Faixa de Gaza, mostram novas imagens de satélite da Maxar Technologies.

As imagens, feitas nos últimos cinco dias, mostram que uma seção significativa do território egípcio entre uma estrada e a fronteira com Gaza foi demolida.

Quando a zona tampão estiver concluída ela se estende desde o final da fronteira de Gaza até ao Mar Mediterrâneo vai abranger completamente o complexo de passagem da fronteira com Rafah. Na fronteira real, vários guindastes foram vistos colocando partes do muro.

Imagens adicionais de satélite analisadas mostram que as escavadoras chegaram ao local no dia 3 de fevereiro e que a escavação inicial da zona tampão começou no dia 6 de fevereiro. Houve um aumento significativo nas escavações nos últimos cinco dias.

Vídeos divulgados pela Fundação Sinai para os Direitos Humanos mostram a construção do muro fronteiriço, que afirmam ter 5 metros de altura. A instituição – que se descreve como uma organização não governamental de direitos humanos composta por ativistas, investigadores e jornalistas – disse que dois empreiteiros locais disseram que o muro da fronteira foi encomendado pelas forças armadas egípcias. 

A construção surge no momento em que se teme que o agravamento da já precária situação humanitária em Gaza, causando milhares de mortes e um êxodo em massa de palestinos através da fronteira do Egito.

Todos os olhares estão voltados para Rafah, situada ao longo da nova zona tampão, onde mais de um milhão de refugiados palestinos estão abrigados em uma enorme cidade de tendas.

Apesar da pressão internacional, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, segue alertando que as Forças de Defesa de Israel irão avançar para a área de Rafah em algum momento. Muitos temem que a ação militar na cidade de tendas de refugiados possa desencadear o êxodo, mas também resultar na morte de milhares de civis.

Também ocorre em um momento em que Netanyahu continua a criticar o Egito por não fechar o Corredor Filadélfia a faixa de terra entre o Egipto e Gaza e a única fronteira da Faixa não controlada por Israel.

Durante uma conferência de imprensa em 13 de janeiro, Netanyahu disse que Israel não consideraria a guerra terminada até que o Corredor fosse fechado.

“Desastre”
O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados, Filippo Grandi, disse nesta sexta-feira, 16, que uma transferência de refugiados de Rafah, em Gaza, para o Sinai, no Egito, seria um desastre.

“Seria um desastre para os palestinos, para o Egito e para o futuro da paz”, disse Grandi à Reuters, à margem da Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. Ele acrescentou que os egípcios deixaram claro ao ACNUR, agência de refugiados das Nações Unidas, que os palestinos deveriam ser assistidos dentro de Gaza.

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