Mato Grosso do Sul, 1 de junho de 2025
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Paulo Cupertino é condenado a 98 anos de prisão por morte de ator de Chiquititas

Paulo Cupertino é condenado a 98 anos de prisão após três anos foragido pelo assassinato do ator Rafael Miguel e seus pais
Paulo Cupertino foi condenado a 98 anos de prisão - 
Foto: Divulgação/Polícia Civil São Paulo
Paulo Cupertino foi condenado a 98 anos de prisão - Foto: Divulgação/Polícia Civil São Paulo

Paulo Cupertino Matias, de 54 anos, foi condenado nesta sexta-feira, 30 de maio, a 98 anos de prisão em regime fechado pela Justiça de São Paulo, após ser julgado pelo assassinato do ator Rafael Miguel e de seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel. O crime, que chocou o país, ocorreu em junho de 2019, no bairro Pedreira, na zona sul da capital paulista, e teve como motivação o ciúme do réu em relação ao namoro de sua filha com Rafael.

O julgamento, realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, teve duração de dois dias e foi conduzido pelo juiz Antonio Carlos de Souza. Na sentença, o magistrado destacou a extrema violência empregada pelo réu, bem como o agravante de o crime ter sido cometido na presença da própria filha de Cupertino, Isabela Tibcherani, então namorada e nora das vítimas. Segundo o juiz, “o crime foi cometido na presença da filha do réu, namorada e nora das vítimas, e agravado pela imediata fuga do acusado, por anos, do distrito da culpa, valendo-se de documento falso e outra identidade”.

Na ocasião do crime, em 9 de junho de 2019, Rafael Miguel, de 22 anos, e seus pais, João, de 52 anos, e Miriam, de 50 anos, foram até a casa de Isabela, localizada no bairro Pedreira, para dialogar sobre o relacionamento amoroso do jovem casal. O namoro vinha sendo mantido em segredo, uma vez que a família temia a reação violenta de Cupertino, que não aceitava a união de sua filha com Rafael. Ao se deparar com a presença de Rafael e seus pais, o empresário sacou uma arma e efetuou diversos disparos contra as vítimas, que morreram no local. Segundo a investigação, ao todo, foram disparados 13 tiros, caracterizando o homicídio com requintes de crueldade.

Logo após o crime, Paulo Cupertino empreendeu fuga, dando início a uma das mais longas caçadas policiais do estado de São Paulo nos últimos anos. O réu utilizou-se de uma rede de apoio composta por amigos e familiares para escapar da ação da Justiça, conseguindo permanecer foragido por quase três anos. Durante esse período, ele transitou por diversas cidades do Brasil, passando por locais como Sorocaba, interior de São Paulo, e cidades do estado do Paraná. Em todos os lugares por onde esteve, Cupertino utilizou documentos falsos e identidades fictícias para evitar sua localização e prisão.

Entre os principais responsáveis por ajudá-lo na fuga estavam Wanderley Antunes e Eduardo Machado, que foram denunciados por participação na ocultação do paradeiro de Cupertino. Contudo, ambos foram absolvidos no julgamento realizado na Barra Funda. As investigações da Polícia Civil de São Paulo apontam que eles ofereceram apoio logístico e recursos para que Cupertino conseguisse se esconder, dificultando as diligências policiais por meses.

O desfecho da longa fuga aconteceu em maio de 2022, quando, após intensa apuração da Polícia Civil, o empresário foi finalmente localizado e preso em um hotel no bairro de Interlagos, na zona sul da capital paulista. A ação policial foi coordenada pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que há anos vinha monitorando pistas e realizando diligências para capturá-lo.

Desde então, Paulo Cupertino encontra-se preso preventivamente, aguardando julgamento. Sua condenação, com pena fixada em 98 anos de prisão, reflete a gravidade dos crimes cometidos e a comoção social gerada pelo assassinato de Rafael Miguel, conhecido nacionalmente por seus papéis na televisão brasileira. Rafael ficou famoso por sua atuação na novela “Chiquititas”, exibida pelo SBT entre 2013 e 2015, e também participou da trama “Cama de Gato”, da TV Globo, em 2009.

O caso expôs ao país o drama de famílias que enfrentam situações de violência motivadas por ciúmes, controle e intolerância. A sentença destaca ainda que a fuga prolongada de Cupertino não apenas agravou o sofrimento das famílias das vítimas, mas também representou um desafio à Justiça brasileira, que, apesar das dificuldades, conseguiu assegurar sua prisão e levá-lo a julgamento.

Com a condenação, Paulo Cupertino deverá cumprir a pena integralmente em regime fechado, sem direito a benefícios como progressão de regime a curto prazo, em razão da gravidade dos crimes e das circunstâncias que os envolveram.

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