O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou formalmente o estudante de Medicina João Vitor Fonseca Vilela, de 22 anos, pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e embriaguez ao volante. O jovem é acusado de atropelar e matar a corredora Danielle Correa de Oliveira e ferir outra atleta na rodovia MS-010, próximo ao Parque do Peão, em Campo Grande, no último dia 15 de fevereiro. A promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani, responsável pelo caso, solicitou que João Vitor seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri.
A denúncia afirma que o estudante dirigia seu veículo sob forte influência de álcool e de maneira perigosa, fazendo manobras arriscadas na pista no momento em que atingiu as vítimas, que participavam de um treino de corrida. Além de Danielle, que morreu no local, uma outra corredora também foi atingida e ficou ferida.
De acordo com o documento do MPMS, o estudante “dirigia de forma irresponsável, em alta velocidade, e tentava ultrapassar outros veículos em ‘zigue-zague’, colocando em risco a vida de várias pessoas”. A denúncia também enfatiza que ele não poderia estar ao volante devido ao estado de embriaguez, o que agravou sua responsabilidade no caso.
O Pedido do Ministério Público
O MPMS pediu que João Vitor seja formalmente citado para responder à denúncia por escrito e que seja realizada uma audiência para ouvir a vítima sobrevivente, testemunhas do ocorrido e o próprio acusado. Após essa fase, o órgão espera que o estudante seja pronunciado e levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, onde poderá ser condenado pelos três crimes.
Foram arroladas quatro testemunhas para prestar depoimento no caso: a corredora ferida, um técnico esportivo, dois corredores que estavam presentes no momento do atropelamento e um policial rodoviário federal que atendeu a ocorrência. As declarações dessas testemunhas serão fundamentais para o andamento do processo e para a definição do julgamento do acusado.
Como Aconteceu o Acidente
Na noite do dia 15 de fevereiro, Danielle Correa de Oliveira e um grupo de corredores realizavam um treinamento na rodovia MS-010, uma via bastante utilizada por atletas para práticas esportivas. Durante a corrida, um veículo em alta velocidade se aproximou perigosamente do grupo. Testemunhas relataram que João Vitor dirigia de forma irregular, fazendo ultrapassagens arriscadas e descontroladas.
Ao tentar mais uma manobra perigosa, o estudante perdeu o controle do carro e atingiu Danielle e outra corredora que estava ao seu lado. O impacto foi fatal para Danielle, que não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. A outra vítima sofreu ferimentos, mas sobreviveu.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada e, ao chegar ao local, constatou que João Vitor apresentava sinais evidentes de embriaguez. Testes apontaram que ele havia ingerido bebida alcoólica antes de dirigir. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia, onde permaneceu detido.
Defesa Tenta Liberdade Provisória
A defesa de João Vitor Fonseca Vilela já entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva e concessão de liberdade provisória. O argumento principal é de que o estudante não representa risco à sociedade e que pode responder ao processo em liberdade. No entanto, o MPMS reforçou que a gravidade do crime e a conduta imprudente do acusado justificam sua permanência preso até o julgamento.
A repercussão do caso tem sido grande em Campo Grande e em todo o estado de Mato Grosso do Sul. Grupos de corredores, atletas e familiares da vítima têm pedido por justiça, organizando manifestações e cobrando um julgamento rigoroso para o acusado. A sociedade aguarda com expectativa a decisão da Justiça sobre a manutenção da prisão e os próximos passos do processo.
O Que Pode Acontecer Agora?
Caso o pedido do MPMS seja aceito, João Vitor será formalmente pronunciado e levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, onde será julgado pelos três crimes. Se condenado, ele poderá pegar uma pena severa, que pode chegar a mais de 30 anos de prisão, considerando a soma das penas para homicídio qualificado, tentativa de homicídio e embriaguez ao volante.
A comunidade de corredores e esportistas segue acompanhando de perto o desdobramento do caso, enquanto a Justiça de Mato Grosso do Sul analisa os documentos e depoimentos para decidir o futuro do estudante. O caso serve de alerta para os perigos da combinação entre álcool e direção, um problema recorrente nas estradas brasileiras.
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