Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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EUA e China freiam guerra comercial e aliviam tarifas por 90 dias

Após embates que travaram o comércio entre os dois gigantes, acordo temporário reacende esperança de retomada econômica e aproximação diplomática
O que ocorreu com essas tarifas altíssimas foi o equivalente a um embargo, e nenhum dos lados quer isso.
O que ocorreu com essas tarifas altíssimas foi o equivalente a um embargo, e nenhum dos lados quer isso.

Depois de meses de tensão e prejuízos de todos os lados, Estados Unidos e China decidiram dar uma trégua na guerra tarifária que ameaçava desestabilizar ainda mais a economia global. Em reunião realizada em Genebra, autoridades dos dois países chegaram a um acordo para reduzir as tarifas comerciais por 90 dias, dando um respiro aos mercados, aos produtores e aos consumidores dos dois lados do oceano.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que participou do encontro ao lado do representante comercial Jamieson Greer, afirmou que o consenso entre os negociadores é que a escalada das tarifas estava se tornando insustentável, com impacto direto nas cadeias de suprimento, nos empregos e na estabilidade financeira. Segundo ele, as taxas chegaram a níveis equivalentes a um embargo, o que nenhum dos países deseja de fato.

De acordo com o novo entendimento, os Estados Unidos vão reduzir as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China baixará os tributos sobre itens americanos de 125% para 10%. A pausa temporária, de três meses, foi pensada para dar tempo a ambos os lados avaliarem novas propostas de reequilíbrio comercial sem a pressão de um conflito tarifário que já vinha impactando negativamente cerca de 600 bilhões de dólares em comércio bilateral.

O alívio tarifário acontece em meio ao retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, que logo nos primeiros meses de mandato retomou uma postura agressiva em relação às importações chinesas. Ele elevou ainda mais as tarifas que já havia imposto no seu primeiro governo, intensificando a disputa que começou ainda na década passada. Em resposta, a China passou a restringir a exportação de elementos raros – matérias-primas essenciais para a indústria americana – e aumentou os impostos sobre produtos norte-americanos.

As consequências da disputa foram sentidas em todo o planeta. Fábricas paralisadas, aumento nos preços de produtos eletrônicos e industriais, ameaça de recessão global e perdas significativas em empregos foram apenas alguns dos efeitos colaterais. A decisão de reduzir temporariamente as tarifas traz, portanto, um sinal positivo para o comércio internacional, ainda que com prazo determinado.

Bessent destacou que a intenção é seguir em busca de um equilíbrio comercial mais justo, mas sem abrir mão da competitividade. “Queremos comércio. Queremos que nossos produtos circulem, que nossas indústrias cresçam, mas que isso seja feito com responsabilidade”, declarou.

Os reflexos do anúncio já foram sentidos no mercado financeiro. Os índices futuros de Wall Street subiram e o dólar se valorizou frente a moedas consideradas mais seguras. Investidores enxergaram no acordo uma chance real de evitar uma recessão global, ou ao menos de ganhar tempo para se preparar para novos desdobramentos.

Ainda não há garantias de que o pacto será renovado ou se novos termos permanentes serão acertados. O que se sabe, por enquanto, é que os dois países voltaram a conversar cara a cara, algo que não acontecia desde o início do novo mandato de Trump. E isso, por si só, já é um passo importante para evitar uma ruptura comercial de grandes proporções.

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