O advogado Fernando Magalhães, um dos defensores que atuou para Adélio Bispo de Oliveira – condenado pela facada no então candidato à presidência em 2018, Jair Bolsonaro – é um dos alvos da operação realizada nesta terça-feira (11) pela Polícia Federal de Minas Gerais. Apesar de não estar não estar relacionada com a conclusão do inquérito sobre Adélio, a ação que investiga a lavagem de dinheiro feita por uma organização criminosa no estado foi realizada no mesmo dia em que PF apontou a relação do defensor com o crime organizado.
A operação, batizada de Cafua, envolve as polícias Federal, Civil, Militar e Penal. Ao todo, foram cumpridos mandados de lacração e suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais e a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas no montante de R$ 260 milhões.
A suspeita da PF é que esses estabelecimentos atuavam para lavar o dinheiro da organização, proveniente do lucro com o tráfico de drogas. Os mandados judiciais foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Comarca de Belo Horizonte.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Lagoa Santa e São José da Lapa, na Grande BH, e em Pará de Minas, na Região Central do estado. Entre os bens apreendidos estão um jatinho particular e um veículo de luxo que seriam do advogado Fernando Magalhães.