Intérprete da eterna Tiazinha, Suzana Alves revelou que queimou as roupas da personagem quando decidiu abandonar a carreira na TV, no auge do sucesso. A atitude, segundo a mesma, foi para que ela pudesse ser quem é hoje.
“Tudo o que tenho é graças a Deus e a Tiazinha. Sou grata, mas precisei negar (a personagem) para ser eu mesma. Eu queria ser a Suzana. Vivi um período de luto. Tive que enterrar o personagem para eu poder nascer. Queimei até algumas roupas (da Tiazinha). Foi um ritual mesmo. Vários rituais aconteceram. Pintei o cabelo de ruivo e queria que me chamassem pelo meu nome, Suzana. Não queria que me chamasse de Tiazinha. Ninguém mais sabia meu nome, nem minha família”, disse ela, em entrevista a Leo Dias.
A atriz explicou que teve de guardar algumas peças, como a máscara, com medo de sofrer ao lembrar de tudo o que já viveu de bom graças a Tiazinha.
“Eu guardei algumas coisas. É a minha história. Ainda bem que eu não queimei tudo pois me arrependeria, né? Esse luto durou 10 anos. Quando se é um ator, é difícil tirar um personagem de ti. Todos os personagens que fiz tive de levar para terapia”, explicou.
Convertida há mais de 20 anos à religião evangélica, Suzana costuma usar hoje suas redes sociais para evangelizar. Recentemente, ela adereço da sua antiga e famosa personagem para “pregar” na web. A atriz gravou um vídeo segurando a peça de disfarce para aconselhar seus seguidores a “abandonarem as máscaras”.
“Atrás de qual máscara você tem se escondido? Onde está sua verdadeira essência? Até quando vai deixar de ser você ? Se proteger atrás de uma máscara que simplesmente não é quem verdadeiramente você é? Abandonem as máscaras”, disse ela no vídeo (assista abaixo).
Casada com o ex-tenista Flavio Saretta, Suzana tem usada as redes sociais para evangelizar e relembrar seus tempos de mascarada, quando fez um baita sucesso com a personagem Tiazinha, no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, no extinto programa “H”, apresentado por Luciano Huck.
Eu me sinto cada dia melhor e mais feliz sendo eu mesma! Meu feminismo ou o que entendi sobre ‘feminismo’ e minha feminilidade, diz respeito a minha caminhada de vida! E a sua a sua…Já expliquei algumas questões que eu achei relevantes falar, a retórica fica de portas abertas para você escrever e pensar o que quiser sobre o que você acredita. O que eu já vivi e o que vivo, isso não posso resumir aqui, mas talvez, um dia vamos estar cara a cara, abrindo nosso coração e dividindo nossas jornadas!! Paz!”, disse.
