Na manhã deste sábado, 8 de fevereiro, o bairro Danúbio Azul, em Campo Grande, foi palco de uma violência extrema que deixou a comunidade em choque. Jader Alves Correa, de 39 anos, foi brutalmente espancado e esfaqueado até a morte por um grupo de pessoas, em um ataque que ocorreu por volta das 5h30 da manhã, na Rua Fenícia. O crime, que deixou marcas profundas na cidade, ainda está sendo investigado pela polícia, e um rapaz foi levado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) para prestar depoimento.
O Ataque: Uma Cena de Terror
De acordo com o delegado Felipe Madeira, Jader foi agredido por cerca de cinco pessoas. Um dos agressores arremessou um objeto contra ele, que tentou fugir e correu até a esquina da Rua Bartolomeu Antônio. Lá, foi cercado pelo grupo, que o espancou com pedaços de pau antes de esfaqueá-lo brutalmente. Testemunhas relataram que ouviram gritos de dor por volta das 4h, e ao se aproximarem da cena, encontraram Jader já sem vida, com várias lesões visíveis na cabeça e no tórax.
Um vizinho, que preferiu não se identificar, comentou sobre a tragédia: “Quando cheguei já tinha acontecido. Ele mora aqui embaixo. Era uma pessoa problemática, já esfaqueou outro, era usuário de droga”. A relação de Jader com a comunidade local sempre foi conturbada, devido ao seu envolvimento com drogas e conflitos anteriores.
O Passado de Jader Alves Correa
A morte de Jader ganha contornos ainda mais complexos quando se revela seu passado. Em 2016, ele foi apontado como comparsa de Luiz Alves Martins Filho, o Nando, um serial killer responsável pela morte de Ana Cláudia Marques, de 37 anos. No entanto, Jader foi absolvido em 2019, por falta de provas, e nunca mais se livrou da sombra dessa acusação. Embora tenha sido inocentado judicialmente, sua imagem na comunidade local ficou marcada, e seu histórico de violência e relacionamentos problemáticos com outros moradores certamente pesou no clima tenso que culminou nesse ataque fatal.
A morte de Jader acontece em meio a um cenário de tensão no bairro, onde ele era conhecido por seus inimigos e pelo envolvimento com drogas. Seu padrasto contou à polícia que ele tinha muitos desentendimentos na área, o que pode ter motivado o ataque.
A Cena do Crime e a Reação da Comunidade
A perícia técnica foi acionada rapidamente e constatou as múltiplas lesões que causaram a morte de Jader. Além das pauladas e facadas, os peritos encontraram sinais de violência extrema. A imagem de Jader sendo brutalmente atacado foi capturada em vídeo, onde se vê claramente o momento em que o grupo o segue até a esquina e o agride até a morte. Uma mulher, que também faz parte do grupo, pode ser ouvida dizendo: “Vamos embora, pai”, uma frase que deixa no ar a possibilidade de um vínculo familiar entre os agressores.
A violência, embora extrema, é apenas mais um capítulo de uma história de conflito e tensão no bairro. A comunidade está em estado de choque, com moradores assustados e divididos sobre a violência que se desenrolou tão perto de suas casas.
O Desdobramento da Investigação
As autoridades agora investigam o caso como homicídio qualificado, que, segundo o delegado, foi motivado por traição. Nenhum suspeito foi preso até o momento, mas um rapaz já foi levado para a delegacia para ser ouvido. A polícia segue em busca dos outros envolvidos no crime, enquanto a comunidade aguarda respostas sobre mais essa tragédia que abala a cidade.
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