A tarde de domingo foi marcada por violência e tensão em Campo Grande. Um homem identificado como Júlio Cesar Almeida Conceição, de 33 anos, conhecido popularmente como ‘Cotonete’, foi executado a tiros na região do bairro Caiobá. O crime, ocorrido na Rua José Gabriel Filho, esquina com a Rua José Dantas de Jesus, pode ser mais um capítulo da disputa entre facções criminosas que atuam na capital.
De acordo com relatos de moradores, foram ouvidos diversos disparos de arma de fogo no local. ‘Cotonete’ estava em via pública quando suspeitos, que passaram de carro pela rua, abriram fogo e fugiram em seguida sem deixar pistas. A correria foi geral. Vizinhos acionaram a Polícia Militar e o SAMU, que ainda tentou socorrer a vítima, mas ele não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada na unidade de saúde.
A região onde ocorreu o crime é cercada por câmeras de segurança, o que pode facilitar o trabalho da investigação. As imagens captadas por esses equipamentos são vistas como peça-chave para identificar os autores da execução. A Polícia Civil já está analisando os registros para entender a dinâmica do assassinato.
Segundo testemunhas, a morte de ‘Cotonete’ pode estar ligada diretamente a um acerto de contas e teria relação com outro crime brutal ocorrido em fevereiro deste ano: a execução de Elpídio da Silva Santos, conhecido como ‘Dinho da Nhanhá’. Ele foi morto em frente de casa, na Vila Nhanhá, também a tiros, numa ação rápida e certeira, possivelmente motivada por disputas dentro do tráfico de drogas.
‘Dinho da Nhanhá’ era conhecido no meio policial e apontado como um dos chefes do tráfico na região sul da cidade. No dia 2 de fevereiro, por volta das 15h, ele estava voltando de uma conveniência com a esposa quando foi surpreendido por um homem encapuzado que desceu de um veículo Gol prata. O suspeito fez vários disparos. Dinho ainda tentou correr para dentro da residência, mas caiu no portão de casa, já sem vida. A esposa foi atingida de raspão no pé, mas sobreviveu.
A hipótese de que a morte de ‘Cotonete’ seria uma retaliação está sendo levada a sério pelas autoridades. Para investigadores da Delegacia de Homicídios, tudo indica que os crimes estão interligados, fazendo parte de uma possível disputa territorial ou vingança por dívidas e traições no mundo do crime.
Moradores das duas regiões, tanto do Caiobá quanto da Vila Nhanhá, estão assustados. Muitos evitam comentar abertamente os casos, temendo represálias. A movimentação policial nos bairros aumentou nos últimos dias, e o clima é de insegurança e expectativa por novas ações criminosas.
A polícia ainda não divulgou suspeitos formalmente, mas trabalha com a possibilidade de que os dois assassinatos façam parte de um ciclo de violência mais amplo, o que exige investigações minuciosas, cruzamento de informações e vigilância reforçada.
A guerra silenciosa entre facções pode não estar tão silenciosa assim. Os tiros que ecoaram nas ruas de Campo Grande revelam um cenário perigoso e urgente, que exige resposta rápida e eficiente por parte das autoridades de segurança. Enquanto isso, moradores tentam seguir a rotina com medo de estar no lugar errado, na hora errada.
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