O fim da tarde de domingo, 6 de julho, foi marcado por violência e tensão no bairro Jardim Campo Nobre, em Campo Grande. Pablo Eliezer Mendonça da Silva, de 27 anos, foi assassinado a tiros em plena via pública, após uma breve tentativa de fuga que terminou de forma trágica. O crime, que mobilizou equipes da Polícia Civil e da Perícia Criminal, levanta indícios de uma execução premeditada, ainda sem autor identificado.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima foi surpreendida por um homem armado que desceu de um veículo, aparentemente já monitorando os passos de Pablo. Ao perceber a presença do agressor, o jovem tentou escapar, mas correu apenas cerca de 50 metros antes de cair gravemente ferido na calçada da Rua Luís Chinaglia.
Dois amigos prestaram socorro imediato e levaram Pablo até a Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Universitário. No entanto, apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu aos ferimentos e teve o óbito confirmado pouco tempo depois de dar entrada na unidade.
No local do crime, a perícia constatou ausência de cápsulas deflagradas, o que pode indicar o uso de arma de tambor ou o recolhimento deliberado dos estojos pelo atirador, reforçando a hipótese de execução cuidadosamente planejada. O rastro de sangue no asfalto indicava claramente o trajeto da tentativa de fuga da vítima até o ponto onde foi socorrida.
Moradores da região relataram que o atirador permaneceu rondando o quarteirão por algum tempo antes de agir. “Eles passaram várias vezes de carro, observando. Quando viram que ele estava sozinho, pararam, desceu um rapaz de capacete e foi direto nele”, contou uma vizinha, sob condição de anonimato. Ela relatou ainda que, ao ouvir os tiros, correu para dentro de casa com a filha nos braços. “Descarregaram a arma. A gente sabia que uma hora ia dar nisso.”

Sangue da vítima em calçada no Jardim Campo Nobre. (Foto: Paulo Francis)
A figura de Pablo não era desconhecida na vizinhança. Segundo relatos de moradores, ele já era temido por seu comportamento agressivo e envolvimento com o tráfico de drogas. “Estava sempre armado, atirando para o alto. Era questão de tempo. Todo mundo aqui tinha medo dele”, afirmou outro morador, que também preferiu não se identificar.
Informações extraoficiais indicam que Pablo já possuía passagens anteriores pela polícia por tráfico de entorpecentes. Ainda assim, a motivação do assassinato segue indefinida, e nenhuma hipótese foi descartada pelos investigadores. A Delegacia de Homicídios da Capital segue apurando os detalhes do caso, que pode envolver disputas territoriais ligadas ao narcotráfico ou acerto de contas.
As autoridades informaram que, até o momento, não há imagens de câmeras de segurança que tenham registrado a ação, o que dificulta a identificação do autor ou dos envolvidos no planejamento da emboscada. Equipes da Polícia Civil seguem em diligências pela região em busca de testemunhas e outros elementos que possam esclarecer o crime.
A morte de Pablo Mendonça expõe, mais uma vez, a escalada da violência nos bairros periféricos de Campo Grande, onde conflitos envolvendo o tráfico de drogas têm resultado em assassinatos recorrentes e aumento da insegurança da população.
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