Mato Grosso do Sul, 17 de abril de 2025
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Execução em plena luz do dia: Chefe do tráfico disciplina do PCC é morto com 14 tiros em Campo Grande

Dinho, que comandava o tráfico na Vila Nhanhá, foi alvejado em uma emboscada enquanto estava com mulheres em sua casa. Guerra pelo domínio da região segue intensificando a violência na capital
Imagem - Reprodução
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Na tarde desse domingo (2), o tráfico de drogas em Campo Grande ganhou um novo capítulo de brutalidade. Elpídio da Silva Santos, conhecido como Dinho, foi executado com 14 tiros enquanto estava sentado na calçada de casa, na Vila Nhanhá. A morte de Dinho é um reflexo da guerra que assola a região, marcada pela disputa acirrada pelo domínio do tráfico de drogas e pelo poder de facções criminosas, em especial o PCC (Primeiro Comando da Capital), do qual ele era um dos membros mais temidos e respeitados.

Dinho, de 36 anos, não era apenas um traficante qualquer. Ele era o “disciplina” do PCC, uma posição de extrema confiança dentro da facção. Sua função era controlar e garantir que os integrantes do grupo seguissem as rígidas regras impostas pelo PCC, além de atuar como um dos responsáveis por aplicar as punições a quem descumprisse as normas – incluindo o temido “tribunal do crime”. Esse tipo de julgamento, conduzido por membros da facção, visa punir com violência extrema aqueles que traem o grupo, ou cometem deslizes graves contra as regras estabelecidas pela quadrilha.

O envolvimento de Dinho no tribunal do crime foi revelado em investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que há anos monitora as atividades da facção em Campo Grande. A investigação também revelou que ele estava diretamente ligado à morte de um homem conhecido como “Mascote”, após um julgamento promovido pela facção. Na época, o áudio de uma conversa entre membros do PCC, compartilhado via WhatsApp, expôs a participação de Dinho nesse “tribunal”, onde ele era visto como juiz, capaz de aplicar decisões fatais.

Com mais de 15 passagens pela polícia, Dinho tinha um histórico criminal longo e sangrento. Sua última condenação foi em 2018, quando foi investigado por envolvimento com tráfico de drogas e organização criminosa. Naquele ano, ele foi denunciado pelo Ministério Público, junto com outras nove pessoas, em um processo que somava quase cinco mil páginas. O objetivo do grupo era claro: dominar o tráfico na Vila Nhanhá e expandir sua área de atuação na cidade. A investigação também revelou que o comando da facção, na época, estava sendo disputado acirradamente por diferentes facções rivais, o que gerava cada vez mais violência nas ruas de Campo Grande.

O dia de sua morte foi marcado por uma emboscada. Dinho estava na calçada de sua casa, com três mulheres, quando os assassinos chegaram em um carro. Um deles desceu, se aproximou e disparou mais de 20 vezes contra o homem, que foi atingido por 14 tiros, muitos deles no rosto. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local, enquanto as outras três mulheres, feridas, foram socorridas, mas com ferimentos leves, sem risco de morte.

A execução de Dinho, um dos principais nomes do tráfico na Vila Nhanhá, representa mais um episódio trágico no conflito pelo controle do crime na região. O tráfico de drogas em Campo Grande continua sendo um desafio para as autoridades locais, com a violência e as disputas de facções criminosas aumentando a cada dia.

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