Na noite deste domingo (16), Campo Grande foi marcada por dois homicídios brutalmente rápidos, ocorridos em menos de 10 minutos de intervalo, em diferentes bairros da cidade. Ambos os assassinatos foram cometidos por criminosos em motocicletas, um modus operandi que vem se tornando cada vez mais frequente nas estatísticas de violência urbana da capital. As vítimas, Marcelo Saracho Gonçalves e Wellington Ocampos Santana, tinham passagens pela polícia, e seus passados sombrios podem ter relação com as mortes.
O primeiro assassinato aconteceu por volta das 19h50, na Rua Coronel Moreira César, no Bairro Jardim Los Angeles. Marcelo Saracho Gonçalves, de 36 anos, foi abordado por dois homens armados que chegaram em uma motocicleta. Segundo a esposa da vítima, que presenciou toda a cena, o crime foi precedido por uma breve troca de olhares entre Marcelo e um rapaz conhecido como Gabriel, que passou pelo local em uma motocicleta Honda Biz. Não demorou muito para que os assassinos chegassem ao local, disparando vários tiros contra Marcelo e sua esposa, que, por sorte, conseguiu se proteger e saiu ilesa.
Marcelo Saracho Gonçalves tinha um histórico criminal considerável. Ele foi um nome frequentemente associado a crimes de tráfico de drogas, roubos e até agressões. De acordo com informações da polícia, Marcelo já cumpriu pena por tráfico e estava tentando se afastar da vida criminosa nos últimos tempos. Contudo, seu passado o perseguia. Além disso, ele era conhecido no bairro por ser envolvido com outros indivíduos de conduta duvidosa, o que poderia ter gerado inimigos e contribuído para a sua execução. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Marcelo não resistiu aos ferimentos e faleceu ainda no local. A perícia recolheu um projétil de arma de fogo, e o caso foi registrado como homicídio doloso na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol.
A segunda execução ocorreu cerca de 10 minutos depois, às 19h40, no Bairro Parque do Lageado, na Rua João Selingardi. A vítima, Wellington Ocampos Santana, de 33 anos, estava em uma confraternização na casa de um amigo quando foi surpreendido por um atirador. Testemunhas relataram que o criminoso chegou em uma motocicleta azul, vestindo capuz e capacete, e disparou contra Wellington sem qualquer aviso. O assassino, após cometer o crime, fugiu rapidamente, deixando a vítima sem chance de reação.
Wellington Ocampos Santana também tinha um longo histórico de envolvimento com a criminalidade. Ele foi condenado anteriormente por roubos e assaltos, sendo considerado uma figura perigosa em Campo Grande. Além disso, havia um mandado de prisão em aberto contra ele por envolvimento em crimes violentos, o que indicava que a morte de Wellington poderia estar relacionada a acertos de contas do passado. Seu nome estava vinculado a diversas ocorrências de violência, e os investigadores não descartam a hipótese de que o assassinato tenha sido uma retaliação, especialmente levando em conta a forma como o crime foi cometido.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para prestar socorro à vítima, mas, ao chegarem no local, constataram que Wellington já estava morto. A investigação sobre o caso está em andamento, mas, até o momento, o autor dos disparos segue sem ser identificado.
O que chama a atenção da população e das autoridades é a proximidade dos crimes. Os assassinatos ocorreram a uma distância de apenas três quilômetros e com uma diferença de tempo tão curta. Isso tem levantado especulações de que os crimes possam estar relacionados, seja por desavenças envolvendo as vítimas ou por serem parte de um esquema maior de violência no bairro. O modus operandi semelhante, com o uso de motocicletas e a rapidez nos disparos, também sugere que os responsáveis podem ser os mesmos ou ter alguma conexão.
As autoridades de Campo Grande intensificaram as investigações, mas, até o momento, não há pistas sobre os assassinos. A sensação de insegurança na cidade aumentou, e a população exige mais medidas de segurança para coibir os ataques violentos. A expectativa é de que os responsáveis por essas execuções sejam encontrados o mais rápido possível, trazendo um mínimo de justiça para as famílias das vítimas e para a comunidade.
#CampoGrande #Assassinato #Motociclistas #ViolênciaUrbana #SegurançaPública #Homicídios #Justiça #Investigações #Perícia #CrimeViolento #MatoGrossoDoSul #Polícia #Criminalidade #AcertoDeContas