Em um movimento que reafirma o compromisso com a inclusão educacional e a democratização do ensino superior, o Ministério da Educação anunciou, nesta segunda-feira (9), a ampliação significativa da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP). O número de cursinhos apoiados passará de 130 para 393, beneficiando diretamente mais de 15 mil estudantes em todo o país
A decisão foi anunciada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, durante um ato público realizado na Câmara Municipal de São Paulo. O evento, voltado à defesa da educação popular e pública, reuniu lideranças, professores e estudantes que comemoraram a notícia como um avanço histórico para a política educacional brasileira.
Segundo Camilo Santana, o aumento expressivo no número de iniciativas contempladas foi resultado da grande procura por apoio. “Nós tínhamos previsto contemplar 130 propostas na CPOP, mas a demanda foi tão grande, com tantas iniciativas relevantes, que resolvemos ampliar. Vamos apoiar 393 cursinhos populares a partir de hoje. Esse é um reconhecimento à luta de mais de 20, 30 anos dos cursinhos para qualificar a nossa juventude para um futuro melhor”, afirmou o ministro.
O programa garantirá investimento direto de até R$ 163,2 mil por cursinho popular aprovado, com turmas compostas por até 40 alunos. O recurso permitirá a contratação de coordenadores e professores por um período de sete meses, além do custeio de atividades administrativas e técnicas.
Além do apoio financeiro às instituições, os estudantes que estiverem regularmente matriculados e frequentarem as aulas receberão uma bolsa de R$ 200 mensais, durante seis meses. O objetivo é estimular a permanência dos alunos e combater a evasão, proporcionando melhores condições para que jovens de baixa renda se preparem adequadamente para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A CPOP também prevê a formação específica de gestores e professores voltada ao Enem, além da disponibilização de materiais pedagógicos gratuitos e padronizados para garantir equidade entre os cursinhos populares. Os critérios de seleção priorizam as iniciativas que oferecem ensino gratuito e que não recebem apoio financeiro de outras fontes, públicas ou privadas.
O decreto que regulamenta a CPOP, de número 12.410/2025, foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro Camilo Santana em março deste ano. A proposta da rede é fomentar o acesso ao ensino superior por meio de políticas afirmativas, ampliando as oportunidades educacionais para pessoas de baixa renda, negras, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e oriundos da rede pública de ensino.
Segundo o MEC, a criação e o fortalecimento dos cursinhos populares representam um passo essencial na retomada do interesse dos jovens pelo Enem, que apresentou crescimento em 2023 após anos de queda. A medida também contribui para aumentar a taxa de ocupação das vagas em instituições públicas federais, garantindo que mais brasileiros tenham a chance de ingressar no ensino superior.
A expansão da CPOP reforça um caminho de reparação histórica e compromisso social, em que a educação é valorizada como direito básico e ferramenta de transformação. Ao investir na base, o governo sinaliza que o futuro do país passa necessariamente pela inclusão e pelo acesso à educação de qualidade para todos.
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