Mato Grosso do Sul, 6 de junho de 2025
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Explosões na madrugada: ofensiva russa atinge Kiev e outras cidades ucranianas e reacende tensão entre potências globais

Alerta no céu da Europa: bombardeios em larga escala deixam mortos, dezenas de feridos e provocam reações de líderes ocidentais e da Otan
Sirenes são ouvidas enquanto explosões abalam Kyiv durante ataque russo durante a noite  • Reprodução/Reuters
Sirenes são ouvidas enquanto explosões abalam Kyiv durante ataque russo durante a noite • Reprodução/Reuters

A madrugada desta sexta-feira, 6 de junho, rompeu o silêncio da capital ucraniana com estrondos que anunciaram mais um capítulo sangrento do conflito entre Rússia e Ucrânia. Sirenes soaram em meio ao breu, explosões iluminavam o horizonte e, novamente, o povo ucraniano foi sacudido por um bombardeio devastador que deixou três mortos e 49 feridos. Foi um dos maiores ataques combinados com drones e mísseis desde o início da guerra em fevereiro de 2022.

O ataque foi descrito por autoridades ucranianas como uma ofensiva aérea em massa, envolvendo 407 drones kamikazes e ao menos 45 mísseis balísticos e de cruzeiro disparados do território russo. Em Kiev, os primeiros relatos indicaram quatro mortos, mas a administração militar confirmou posteriormente que três vítimas fatais eram socorristas atingidos enquanto prestavam ajuda em uma das áreas bombardeadas. Eles morreram em serviço, num gesto que o ministro do Interior, Ihor Klymenko, classificou como “heroico e comovente”.

A violência dos bombardeios não se restringiu à capital. Cidades como Dnipro, Kharkiv, Lviv e Odessa também foram atingidas, conforme apontou um comunicado oficial do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky. O presidente ucraniano, em pronunciamento à população, lamentou a perda de vidas, clamou por resiliência nacional e cobrou uma reação mais enérgica dos aliados ocidentais.

“Mais uma vez, a Rússia ataca civis, destrói infraestrutura crítica e semeia o terror noturno. A resposta do mundo livre deve ser clara: mais sanções, mais ajuda militar, mais pressão diplomática”, afirmou Zelensky, ao pedir reforço urgente no fornecimento de sistemas antiaéreos modernos.

A Força Aérea da Ucrânia, responsável pela defesa do espaço aéreo nacional, declarou que se tratou de um dos maiores ataques aéreos coordenados registrados até o momento. Muitos dos drones foram interceptados antes de atingirem seus alvos, mas diversos mísseis conseguiram escapar da defesa aérea e atingiram centros urbanos e estruturas de transporte.

Em Kiev, uma das linhas do metrô foi danificada, forçando a paralisação do serviço entre estações. O sistema ferroviário nacional também sofreu danos fora da capital, o que obrigou a estatal Ukrzaliznytsia a desviar trens de rotas previamente estabelecidas.

A escalada ocorreu após o Kremlin prometer retaliação aos recentes ataques com drones realizados por forças ucranianas contra bases militares no interior da Rússia. Em um dos episódios mais emblemáticos da contraofensiva ucraniana, bombardeiros estratégicos foram destruídos em território russo, abalando a imagem de invulnerabilidade da máquina de guerra de Moscou. Vladimir Putin, o presidente russo, considerou os ataques ucranianos como “provocações intoleráveis” e prometeu uma resposta “rápida e avassaladora”.

Ainda na noite anterior ao bombardeio, a diplomacia norte-americana havia sido alertada sobre movimentações incomuns de aeronaves russas e aumento do tráfego de drones. Fontes da inteligência ocidental, citadas em redes internacionais de comunicação, já previam uma ofensiva em grande escala como reação de Moscou aos danos sofridos dentro de suas fronteiras.

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, declarou nesta manhã que o ataque russo é “mais uma demonstração bárbara de força contra civis inocentes” e reforçou que o apoio à Ucrânia será ampliado. O presidente Joe Biden ainda não se pronunciou oficialmente, mas a Casa Branca convocou uma reunião extraordinária com representantes do Departamento de Defesa, da Otan e do G7.

Do outro lado do Atlântico, o presidente da França, Emmanuel Macron, classificou o ataque como um “ato de terror” e prometeu intensificar o envio de armamentos e reforços humanitários. Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, declarou que “a resistência ucraniana é admirável, mas o Ocidente não pode hesitar mais diante de tamanha brutalidade”.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, reafirmou o compromisso da aliança com a integridade territorial da Ucrânia. “Este é um momento de união, de resposta firme e de solidariedade internacional. A Rússia deve compreender que seus atos terão consequências cada vez mais severas”, declarou em coletiva.

Enquanto isso, milhares de civis ucranianos voltam a buscar abrigo em estações subterrâneas e túneis. Escolas foram fechadas em várias cidades, hospitais operam em regime de emergência e equipes de resgate percorrem os escombros em busca de desaparecidos.

Do lado diplomático, a União Europeia convocou uma reunião extraordinária para debater a nova ofensiva e discutir o envio de sistemas de defesa aérea adicionais. No campo de batalha, no entanto, o frio aço dos mísseis russos continua a fazer mais barulho que os discursos das cúpulas internacionais.

A guerra, que se aproxima de seu terceiro ano, segue deixando um rastro de destruição, deslocamento e mortes. Em Kiev, o céu ainda está coberto por fumaça, mas a esperança dos ucranianos insiste em resistir, apesar das sombras que os envolvem. O ataque desta sexta-feira talvez represente mais que uma retaliação: simboliza que a guerra, longe de arrefecer, se aproxima de uma nova fase – mais agressiva, imprevisível e brutal.

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